Participação de Enterobactérias na etiologia de mastites bovinas em rebanhos de estados do Sul, Sudeste e Centro-oeste do Brasil
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Resumo
A qualidade do leite produzido no Brasil, regulamentada pela Instrução Normativa n. 62, prevê a segurança desse alimento nas diferentes etapas da cadeia produtiva. A contaminação do leite por bactérias mesófilas é um ponto crítico na qualidade do leite refrigerado, considerando que esses microrganismos, amplamente distribuídos na Natureza, são encontrados no solo, na água e nos animais. A Escherichia coli, um dos principais patógenos ambientais encontrados no leite, tem a capacidade de produzir biofilmes e representa um problema constante de contaminação nas indústrias de alimentos. O presente trabalho investigou a ocorrência de enterobactérias em casos de mastite clínica bovina em amostras de leite procedentes dos Estados de: Goiás (GO), Minas Gerais (MG), Paraná (PR), Rio de Janeiro (RJ), Rio Grande do Sul (RS) e São Paulo (SP). No período de setembro a dezembro de 2015, foram cultivadas 599 amostras de leite em meio de ágar sangue bovino a 8% e ágar MacConkey, com incubação a 37°C por até 72h com avaliação do desenvolvimento microbiano a cada 24h. Um total de 51,4% (308/599) amostras foram negativas ao cultivo e 7,5% (45/599) foram consideradas contaminadas – com crescimento de três ou mais microrganismos distintos. Enterobactérias foram isoladas em 9,84% (59/599) das amostras. Esses microrganismos foram caracterizados pelas características fenotípicas, coloração por Gram e provas bioquímicas utilizando os meios de EPM, MILi e citrato de Simmons. O patógeno com maior frequência foi Escherichia coli, com 74,6% (44/59) do total, seguido de Hafnia alvei 5,1% (3/59), 5,1% (3/59), Serratia rubidaea 5,1% (3/59), Enterobacter aglomerans 3,4% (2/59), Citrobacter freundii 1,7% (1/59), Enterobacter cloacae 1,7% (1/59), Klebsiella spp. 1,7% (1/59) e Serratia marcescens 1,7% (1/59). A elevada taxa de E. coli revela a necessidade de um maior rigor na higienização do animal com a utilização de pré e pós-dipping, bem como higienização do ambiente, principalmente da cama dos animais, evitando-se a ocorrência de mastite por patógenos ambientais e garantindo uma melhor qualidade do leite.
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