Isolamento de Prototheca spp. de casos de mastite clínica

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

G. C. Oliveira
N. B. Junqueira
A. Salina
F. M. Dalanezi
F. F. Guimarães
H. Langoni

Resumo

As infecções da glândula mamária em vacas leiteiras ocasionam grandes perdas econômicas aos produtores e à indústria de leite e derivados. Os prejuízos observados decorrem do descarte de animais com infecções crônicas, da queda na produção de leite e pelas alterações verificadas na composição do leite. Os agentes causadores da mastite podem ser bactérias, fungos, algas e vírus. As algas fazem parte do grupo dos contaminantes ambientais, e entre elas há várias espécies com distribuição universal que causam diversas afecções nos animais e nos humanos. A mastite por Prototheca spp. pode ocorrer esporadicamente ou na forma de um surto no rebanho. Os casos observados geralmente são crônicos, nos quais os animais não respondem ao tratamento de rotina, a produção de leite é severamente prejudicada e, na maioria dos casos, há perda do teto afetado. Desta forma, além de acarretar danos aos animais e ao produtor, a mastite por Prototheca spp. também é um problema de saúde pública, em razão da particular resistência desse agente ao procedimento de pasteurização. O presente trabalho investigou a presença de Prototheca spp. em amostras de leite de vacas com mastite clínica. A investigação foi realizada no período compreendido entre os meses de julho de 2015 a março de 2016. Foram processadas 758 amostras de leite de tetos individuais de vacas com mastite clínica. A avaliação microbiológica das amostras foi realizada no “Núcleo de Pesquisa em Mastites” da FMVZ-UNESPBOTUCATU. Os cultivos foram realizados em meios ágar sangue bovino 8% e ágar MacConkey, com incubação a 37ºC por até 72h. Foram isoladas colônias características de algas e confirmadas pela coloração de Gram por sua morfologia caracterizada como Prototheca spp. Em nove (1,19%) amostras, a Prototheca spp. foi caracterizada como o agente causador da infecção. Esses isolamentos são sugestivos da existência de contaminação da água, dos equipamentos de ordenha e dos recipientes de armazenamento do leite, associados às deficiências de manejo e higiene. Evidencia-se, assim, a importância do diagnóstico microbiológico para sua identificação, pois além de causar mastites resistentes aos tratamentos, há um risco potencial para humanos com veiculação desses patógenos pelo consumo de leite e derivados.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
OLIVEIRA, G. C.; JUNQUEIRA, N. B.; SALINA, A.; DALANEZI, F. M.; GUIMARÃES, F. F.; LANGONI, H. Isolamento de Prototheca spp. de casos de mastite clínica. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 14, n. 3, p. 90-90, 21 dez. 2016.
Seção
III SIMPÓSIO DE QUALIDADE DO LEITE