Resistência estafilocócia ao nacl em leite desnatado reconstituído adicionado de nisina
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Resumo
Na atualidade, no Estado de Minas Gerais, Brasil, os queijos artesanais têm ocupado uma posição de destaque em função da sua importância social e econômica. A cada ano estão ganhando maior notoriedade, entrando em diversas microrregiões produtoras no circuito tradicional, tais como as microrregiões do Campo das Vertentes e a emancipação da Serra do Salitre da microrregião do Cerrado. Há alguns anos, esse queijo só podia ser comercializado dentro do Estado de Minas Gerais, mas atualmente sua presença fora de Minas Gerais é notória. Pelo fato de ser elaborado com leite cru, o queijo apresenta risco para os consumidores por ser potencial carreador de microrganismos patogênicos como o Staphylococcus aureus. A obrigatoriedade da utilização de leite cru implica a necessidade da realização de investigações para o estabelecimento de procedimentos que reduzam consideravelmente a chance de contaminação do queijo por S. aureus. Ainda que Boas Práticas de Fabricação sejam adotadas, é pouco provável que um queijo elaborado com leite cru atinja contagens microbianas que o tornem seguro para consumo. Estudos mostraram que a adição de nisina ao processo de fabricação dos queijos pode diminuir consideravelmente a contaminação desse microrganismo. O presente trabalho avaliou o efeito sinergístico da adição de nisina e do NaCl sobre S. aureus em leite desnatado reconstituído a 10%. Foi testada uma dose de nisina (500 UI. mL-1) do preparado comercial Nisaplin® em leite autoclavado desnatado reconstituído a 10% com zero, 0,5 e 1% de NaCl em três repetições. As análises de S. aureus foram efetuadas com Petrifilm nos tempos zero, 3, 6, 12 e 24h após a incubação. Não houve diferença significativa (P ≥ 0,05) entre o controle e as doses de NaCl utilizadas. Os resultados obtidos confirmaram a ausência de sinergismo entre o NaCl e a nisina sobre S. aureus.
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