Detecção de caseinomacropeptídeo (CMP) em leite adquirido de produtores por um laticínio no estado de Pernambuco, Brasil

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C. E. G. Aguilar
G. A. M. Rossi
H. O. Silva
A. M. C. Vidal

Resumo

A adição de soro residual do processo de fabricação de queijo no leite cru é uma fraude adotada por alguns produtores. Uma das técnicas disponíveis para a identificação de tal prática é a determinação quantitativa do caseinomacropeptídeo (CMP), resultante da ação proteolítica de enzimas. A legislação brasileira considera inadequado ao consumo humano o leite com concentração de CMP superior a 75 mg/L. Tendo em vista o exposto, foram analisados no laboratório próprio da empresa e em fevereiro de 2012 cerca de seis milhões de litros de leite captados no Estado de Pernambuco, Brasil, região tradicionalmente habitada por pequenos produtores e queijarias. Paralelamente às análises quantitativas do CMP, também foram efetuadas mensurações das populações de bactérias psicrotróficas e totais no leite cru coletado. Foram constatadas fraudes por adição de soro residual de queijo em 2,29% (aproximadamente 139.000 litros) do volume total analisado. O montante foi considerado elevado quando comparado ao observado em outras unidades fabris da mesma empresa, em diferentes Estados do Brasil, que variaram da nulidade a 0,58%. A presença de soro residual de queijo ao leite cru é sempre proposital e deve ser investigada civil e criminalmente.

Detalhes do artigo

Seção

III SIMPÓSIO DE QUALIDADE DO LEITE

Como Citar

Detecção de caseinomacropeptídeo (CMP) em leite adquirido de produtores por um laticínio no estado de Pernambuco, Brasil. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, [S. l.], v. 14, n. 3, p. 97–97, 2016. Disponível em: https://revistamvez-crmvsp.com.br/index.php/recmvz/article/view/35042. Acesso em: 5 dez. 2025.