Acompanhamento dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias como uma estratégia para a divulgação da saúde única

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D. B. Campos
E. S. Cirilo
F. A. S. Guimarães
G. S. Barbosa
R. S. A. Okumura
F. J. T. M. Silva Júnior

Resumo

Os agentes comunitários de saúde (ACS) e os agentes de combate às endemias (ACE) participam da Estratégia de Saúde da Família atuando diretamente nas comunidades. Nesse sentido, esses profissionais tornam-se importantes no elo entre os usuários e o serviço de saúde, divulgando informações e vivenciando a rotina das famílias. O trabalho avaliou a percepção dos ACS e ACE de municípios paraibanos (Alagoa Grande, Araruna, Areia e Pilões) quanto ao controle e prevenção de zoonoses e doenças vetoriais, relatando as atividades de acompanhamento desses agentes em suas visitas domiciliares. Foi elaborado um questionário semiestruturado, aplicado a 24 ACE e a 87 ACS, abordando questões relacionadas à incidência de zoonoses, à epidemiologia e à rotina de trabalho. Depois da análise dos dados, foi evidenciado que entre as zoonoses de maior incidência estavam a leishmaniose, com 62 citações, seguida de tuberculose, com 49 citações, raiva e doença de Chagas, ambas com sete citações, e toxoplasmose, citada seis vezes. Quanto às doenças vetoriais mais prevalentes, observou-se que 100% dos ACE citaram a dengue. Quando questionados se observavam uma diferença na incidência das zoonoses na zona rural e zona urbana, 28% afirmaram que a maior incidência das zoonoses é na zona rural, 9% afirmaram maior incidência na zona urbana e 63% não sabiam. Quanto à necessidade da realização de educação continuada, 96% dos agentes afirmaram ser necessário, e quando indagados quanto à importância da relação entre universidade e os profissionais da saúde na realização de atividades de extensão, 95% dos agentes afirmaram ser importante. Os agentes de combate às endemias realizam visitas periódicas aos domicílios dos municípios, para a pesquisa de focos e tratamentos biológicos e químicos, de mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus que são transmissores das arboviroses, nessas visitas são repassadas informações relacionadas à saúde e às zoonoses. Em um período de um mês acompanhando os agentes de endemias, em dois dos quatro municípios (Araruna e Pilões), foram observados e tratados 99 focos de mosquitos, dos quais 14 casos de A. aegypti foram confirmados e dez casos de A. albopictus foram confirmados. Foram realizadas 425 visitas em casas, 48 ao comércio, trinta em terrenos baldios e 116 visitas classificadas como “outros,” sendo, ao todo, realizados 619 trabalhos. Durante as visitas aos 619 locais, dezesseis locais estavam fechados e doze foram recuperados em outras visitas. Os resultados obtidos demonstraram a necessidade da realização de atividades de educação continuada que abordem assuntos da saúde única. É evidente a importância desses agentes na prevenção e no controle de zoonoses, compartilhando informações atualizadas e precisas com as famílias atendidas. 

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Como Citar
CAMPOS, D. B.; CIRILO, E. S.; GUIMARÃES, F. A. S.; BARBOSA, G. S.; OKUMURA, R. S. A.; SILVA JÚNIOR, F. J. T. M. Acompanhamento dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias como uma estratégia para a divulgação da saúde única. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 15, n. 1, p. 70-71, 1 jan. 2017.
Seção
VII CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DO COLETIVO