Aspectos gerais na adoção de cães e gatos no núcleo de controle de animais (NCZ) da cidade de Osasco, São Paulo

Resumo

A adoção de cães e gatos abandonados nos canis de entidades de proteção animal e prefeituras tem sido estimulada por organismos governamentais e não governamentais. Na atualidade, nos centros urbanos, tem sido observado o aumento do número de animais abandonados, com a superlotação dos canis. O trabalho foi delineado para avaliar as características gerais das doações de cães e gatos realizadas pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) do município de Osasco, São Paulo, bem como a associação entre a espécie felina e a canina como preferência de adoção, além da descrição espacial da origem residencial dos adotantes que procuram os animais e, entre estes, qual a frequência dos que adotaram espécies diferentes. Para isso foram utilizados os dados de adoção de cães e gatos obtidos no período de setembro de 2014 a outubro de 2015. As análises estatísticas foram realizadas com o emprego dos programas estatísticos Stata e RStudio. Foram avaliados 304 animais e, desse total, 60,8% eram da espécie canina e 39,2% da felina. Mesmo com a alta porcentagem de cães adotados, quando comparados com os não adotados, verifica-se a ausência de uma predileção de espécie (p≥0,05). Também foi constatado que apenas 7,9% dos adotantes, daqueles que adotaram mais do que um animal, optaram por adotar espécies diferentes (cão e gato). A análise espacial revelou que, do total de animais adotados, 78% dos adotantes possuíam residência na cidade estudada, provável destino dos animais. A conclusão obtida foi que o conhecimento do processo de adoção de animais e seus resultados podem contribuir para melhorar o número de adoções, desmistificando a preferência por determinada espécie, promovendo maiores informações a respeito do comportamento das espécies e estendendo, cada vez mais, o raio de possíveis adotantes.