Controle de agressões por cães e gatos e prevenção da raiva em área da zona sudoeste no município de Caxias do Sul, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil
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Resumo
no município de Caxias do Sul, mas o aumento de 26,08% de mordeduras em determinado bairro da zona sudoeste no primeiro semestre do ano de 2016 causou um estado de alerta. O controle do índice de mordeduras permite um correto manejo do protocolo de imunização contra o vírus da raiva. Essa constatação destaca a importância da existência de uma comunicação eficiente entre a Unidade Básica de Saúde (UBS) e as vigilâncias (representadas neste trabalho pela Ambiental em Saúde e pela Epidemiológica). As UBS efetuam o tratamento antirrábico pós-exposição dos pacientes que sofreram as agressões e comunica o caso ao setor de Vigilância Ambiental em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde, que irá tomar as atitudes cabíveis para cada caso. O citado aumento nos casos de pessoas agredidas por animais, observado no ano de 2016, desencadeou a realização da análise dos dados, por meio de planilhas e mapas, para elucidar as possíveis causas que influenciam as mordeduras, comparando-as com os dados apresentados no ano de 2015. O número de casos de pessoas agredidas por animais registrado nos meses de janeiro a junho de 2015 e 2016 foi, respectivamente, de 51 e 69. Os ataques por animais da espécie canina continuam a ser os mais frequentes (91,30%), contudo houve aumento de 27,04% do número de casos com felinos nos anos analisados. Quanto à população atingida, foi constatada a existência de três grupos populacionais distintos, contudo nos registros em crianças e adolescentes foram os mais frequentes. Dos 69 casos registrados até junho de 2016, 13 (18,84%) foram de crianças com até 12 anos de idade, 12 (17,39%) foram de adolescentes entre 12 a 18 anos de idade, e 11 (15,64%) foram de idosos a partir de 60 anos de idade. Para melhor exposição dos dados foi utilizado o software de georreferenciamento disponível no município que revelou maior número de casos em uma região do bairro. Este tipo de informação, associada à responsabilidade de vigilância para prevenir agravos relacionados a essa doença, levou ao desenvolvimento de palestras expositivas voltadas aos três principais grupos atingidos. As palestras foram realizadas em parceria com a UBS próxima do local e com a Escola Estadual de Ensino Médio Alexandre Zattera. Com isso, a comunidade da região afetada foi orientada sobre a posse responsável de animais, a castração dos animais de estimação, o reconhecimento da gravidade da exposição a um animal e a necessidade de busca de atendimento médico imediato se ocorrer um ataque. É importante ressaltar que no município de Caxias do Sul, estado do Rio Grande do Sul, Brasil, apesar de em 2016 ter sido observado aumento do número de casos de seres humanos agredidos por animais, não houve qualquer registro de raiva animal no munícipio desde o ano de 2014.
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