J. N. Seixas
Universidade Federal de Lavras, Departamento de Ciências da Saúde, Lavras, MG
M. A. O. Dias
Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG
K. A. Carvalho
Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG
F. O. C. P. Ramos
Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG
T. F. R. Marques
Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG
C. M. Delfim
Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG
Resumo
Em abrigos de cães, o manejo diário dos animais deve atentar para dieta nutricional adequada, recreação, controle populacional, monitoramento das doenças, tratamento e acompanhamento dos animais doentes, higienização, entre outros. A identificação do animal é um fator essencial para permitir o acompanhamento individual dos cães, mesmo quando eles são mantidos em uma situação de coletivo. Há diversas formas de identificação utilizadas em cães: microchip, plaquinhas acopladas a coleira e tatuagens. A plaquinha de identificação é relativamente barata, mas pode ser facilmente retirada ou perdida, dependendo da coleira. O microchip e a tatuagem embora duradouros têm um custo mais elevado e são de difícil visualização cotidiana para os diferentes trabalhadores de um canil. Este trabalho relata as dificuldades encontradas em diversas tentativas de identificação individual adotadas em um abrigo com grande número de cães (450-500 animais) mantidos por voluntários, localizado no município de Lavras, estado de Minas Gerais, Brasil, denominado Parque Francisco de Assis. Os voluntários e os responsáveis pelo local relataram as diversas tentativas de identificações dos animais que já haviam sido realizadas: 1) as correntes e coleiras, tradicionalmente vendidas em pet shops, apresentaram pouca resistência e foram destruídas pelos cães, oferecendo o risco de ocorrerem acidentes com as partes remanescentes; 2) as carteiras de identidade, colocadas nas grades das baias onde os animais estavam no momento da identificação, a despeito de serem plastificadas não resistiram às chuvas e muitas não acompanharam as trocas de baia do animal, que são realizadas com frequência; 3) uma alternativa economicamente viável foi uma coleira confeccionada manualmente com o emprego de um cabo de aço (cortados proporcionalmente ao tamanho do pescoço do animal), que tinha suas extremidades unidas por um conector de chuveiro, preso por dois parafusos. Embora terceira alternativa dependesse de um manejo relativamente demorado para a sua a colocação, elas se mostraram mais resistentes, sendo perdidas apenas quando houve falha na colocação dos parafusos. As plaquinhas para a identificação com nome e registro canino (RC) foram mais eficazes quando confeccionadas em metal e com as informações gravadas. No entanto, esta eficácia foi de curto prazo, pois após alguns meses o método também apresentou falhas. O ganho de peso de alguns animais fez com que as coleiras ficassem muito apertadas, causando ferimentos que muitas vezes ficavam encobertos pelo pelame e podiam não ser notados. Outro problema observado foi que devido ao estresse ou até mesmo em momentos de lazer os animais poderiam se ferir com as coleiras que se desprendessem. Desse modo, o problema ainda não foi solucionado.