Uso de homeopatia no tratamento de atopia
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Resumo
As dermatites estão entre as principais doenças atendidas na clínica de pequenos animais. A atopia é considerada uma reação de hipersensibilidade a antígenos ambientais inalados ou absorvidos pela pele, e os principais sintomas surgem até o terceiro ano de idade. Descreve-se: eritema e prurido cutâneo, automutilação, piodermites secundárias e alopecia. O tratamento convencional consiste em corticoterapia ou uso de imunossupressores (HNILICA; MEDLEAU, 2009). Essas terapias produzem efeitos adversos, prejudiciais à saúde dos pacientes, assim, a homeopatia, baseada na lei do semelhante, atua equilibrando o indivíduo, tornando-o menos susceptível ao alérgeno. Este trabalho relata um caso de utilização de medicamento homeopático no tratamento de atopia em um cão da raça maltês. A paciente, com nove anos de idade, apresentava dermatite atópica há sete anos, com sintomas crônicos: alopecia, áreas de hiperpigmentação, histórico de piodermites secundárias recorrentes, e regiões com descamação aguda. O animal apresentava prurido intenso, principalmente nas regiões perivulvar e perianal, chegando a causar feridas por lambedura. A tutora relatou que a paciente liderava o ambiente, não gostava de concorrência, era possessiva, agressiva e ansiosa. Quando ficava sozinha, ao retorno da tutora, queria morder, latia o dia todo, sem motivo aparente, e odiava odor de cigarro, ficando agressiva quando o sentia. Já havia apresentado otite. Banhar a pele melhorava o prurido, mas este piorava com o uso de roupas. A paciente também não gostava de nada que a apertasse, como enfeites, era bastante sedenta, e todos os sintomas sempre pioravam após o cio (Figuras 1 e 2 representam lesões iniciais). Após anamnese e repertorização, a escolha da matéria médica foi baseada nos seguintes sintomas: mental, ansiedade; mental, ditatorial, dominador, dogmático, despótico; mental, loquacidade; pele, erupções, descamantes; pele, prurido, banhar, melhora; pele, prurido, violento; generalidade, tabaco, aversão por. O tratamento foi instituído com prescrição de Lachesis, inicialmente na potência de 30cH, e após um mês, houve grande melhora nas lesões da cauda e início de crescimento de pelos no dorso. Não houve melhora no comportamento, a medicação foi mantida e sua potência alterada para 45cH. No segundo retorno (2º mês de tratamento), foi relatado que o animal estava mais calmo, latia menos, não avançava mais quando alguém chegava em casa, e a lesão da cauda melhorou. O medicamento foi mantido e a potência foi aumentada para 60cH. No terceiro mês, foi constatado que a automutilação havia cessado (antes precisava ficar constantemente com o colar), o animal possuía uma verruga na cabeça que “caiu”. Houve continuidade no tratamento com Lachesis na potência 90cH.
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