Investigação coproparasitológica em filhotes caninos domiciliados com e sem diarreia no município de Araçatuba, São Paulo, Brasil
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Resumo
As enfermidades parasitárias dos animais de companhia têm apresentado crescente interesse científico, particularmente pelo estreito contato que esses animais vêm estabelecendo com os seres humanos e pela possibilidade de se comportarem como reservatórios de agentes etiológicos de algumas zoonoses graves para a saúde pública. Apesar das medidas terapêuticas e profiláticas atualmente disponíveis, enteroparasitas como Giardia spp., Criptosporidium spp., Isospora spp. e helmintos ainda são comumente encontrados em cães e gatos. Essas parasitoses apresentam sinais clínicos diversos, porém a diarreia é comumente observada. Este trabalho efetuou uma investigação coproparasitológica em filhotes caninos domiciliados com e sem diarreia no período de setembro de 2016 a abril de 2017. Essas amostras foram colhidas do Hospital Veterinário Luiz Quintiliano de Oliveira e no Centro de Controle de Zoonoses, ambos em Araçatuba – São Paulo. Um total de 48 cães, sem raça definida e com até um ano de idade foram distribuídos em dois grupo, de acordo com a presença (n=29) e a ausência (n=19) de diarreia. Dos animais com diarreia, 41,38% eram fêmeas e 58,62% machos; no outro grupo, 36,85% eram fêmeas e 63,15% machos. Amostras fecais diarreicas foram obtidas diretamente da ampola retal, utilizando sondas uretrais e seringa, e as sem diarreia foram colhidas imediatamente após a defecação. Essas amostras foram divididas em três porções de dois gramas. A primeira alíquota foi processada por meio da técnica de flutuação em solução saturada de cloreto de sódio para o diagnóstico de ovos de helmintos e oocistos de protozoários; a segunda pela técnica de coloração negativa de verde-malaquita para detecção de Cryptosporidium spp., e a técnica de centrífugo-flutuação sulfato de zinco foi utilizada no diagnóstico de Giardia spp. Entre os cães que apresentaram diarreia, 10% apresentaram Ancylostoma spp., e 10% Toxocara spp. por meio da técnica de Willis. Pela técnica de centrífugo-flutuação de sulfato de zinco, apenas foram positivos 3% para Ancylostoma spp. Dos cães sem diarreia, 10% possuíam Ancylostoma spp., e 10% Toxocara spp. na técnica de Willis e Faust. Em ambos os grupos não houve detecção de Cryptosporidium spp. Os cistos de protozoários e ovos de helmintos gastrintestinais são eliminados nas fezes de cães, podendo contaminar o ambiente e desencadear a transmissão de parasitoses para outros animais, inclusive os seres humanos. Os resultados obtidos revelaram que Ancylostoma spp. e Toxocara spp. foram os helmintos de maior prevalência nos cães examinados. Houve, portanto, associação significativa entre o resultado do exame e a ocorrência de diarreia.
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