Aspectos sorológicos e clínicos de cães soropositivos para Leishmaniose visceral no município de Araçatuba, São Paulo, Brasil
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Resumo
A Leishmaniose Visceral (LV) é uma zoonose causada por protozoários do gênero Leishmania (Kinetoplastida, Trypanosomatidae), sendo Leishmania infantum chagasi o agente etiológico que ocorre no Brasil. A ocorrência da LV em determinada área depende basicamente da presença do vetor, cuja espécie de maior importância no Brasil é a Lutzomyia longipalpis, e de hospedeiros susceptíveis, que em meio urbano é principalmente o cão. O Município de Araçatuba, Estado de São Paulo, Brasil, é uma área endêmica para LV e por exigência do Ministério da Saúde deve cumprir o Programa de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral (PVCLV) que inclui o inquérito sorológico canino anual para LV. Este estudo investigou a existência de associações entre a absorbância da Densidade Óptica (DO) do ELISA e o quadro clínico de 61 cães detectados como positivos para LV em inquérito soroepidemiológico. A presença de IgG anti-Leishmania sp. no soro, foi determinada por meio de teste de triagem, sendo o ensaio Imunocromatográfico (TR-DPP® Leishmaniose Visceral Canina – BioManguinhos), e pelo teste confirmatório, Ensaio Imunoenzimático Indireto (EIE) (teste de ELISA® – Leishmaniose Visceral Canina – Bio-Manguinhos), ambos kits comerciais fornecidos pelo Instituto Adolfo Lutz, do Centro Laboratório Regional de Araçatuba. As amostras foram processadas pelo Centro de Controle de Vetores e Zoonoses de Araçatuba, segundo os procedimentos descritos no manual do fabricante. Para fins de comparações as DO foram classificadas em duas categorias (I ≤ 0,500; II ≥ 0,500), e os quadros clínicos em três grupos: assintomáticos; oligosintomáticos e sintomáticos. A análise estatística foi realizada com o emprego do software Bioestat 5.3, e se verificou a existência de associações empregando o teste Exato de Fisher com nível de significância de 0,05. Foi constatado que dos 61 animais soropositivos, 33 apresentaram Densidade Ótica DO ≤0,500, desses 54,5% eram sintomáticos, 42,4% oligosintomáticos e 3% assintomáticos. Dos 28 animais com DO >0,500, 71,4% eram sintomáticos, 28,6% oligosintomáticos e nenhum cão foi assintomático. Não foram constatadas diferenças significativas entre os grupos (p=0,2892). Conclui-se que a absorbância da DO do ELISA>0,500 não apresentou associação com o quadro clínico. No entanto o grupo de assintomáticos foi constituído por apenas um animal, o que pode ter prejudicado a análise.
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