Detecção de Ehrlichia canis em tecidos de cães e carrapatos Rhipicephalus sanguineus em áreas endêmicas para Erliquiose monocítica canina no Brasil

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B. C. M. Oliveira
M. A. Viol
S. V. Inácio
E. D. Ferrari
W. B. Nagata
M. R. André
K. D. S. Bresciani

Resumo

A erliquiose canina apresenta elevada ocorrência na rotina da clínica médica de pequenos animais. O agente etiológico multiplica-se nas células epiteliais do intestino, nos hemócitos e nas células das glândulas salivares do carrapato Rhipicephalus sanguineus. O objetivo do nosso estudo foi detectar molecularmente Ehrlichia canis em amostras de linfonodos e medulas ósseas de cães e nos intestinos, ovários e glândulas salivares de seus respectivos carrapatos. Assim, 720 artrópodes fêmeas (10 de cada animal) foram removidos dos 72 cães examinados. Em seguida, foram efetuadas punções aspirativas de linfonodos e medulas ósseas. Após a dissecação dos carrapatos, seus órgãos (intestinos, ovários e glândulas salivares) e as amostras puncionadas de linfonodos e medulas ósseas dos cães foram testados por meio da Reação em Cadeia da Polimerase (nested-PCR) para amplificação do gene 16S do ácido ribonucleico ribossomal (rRNA), e também por meio da PCR em Tempo Real Quantitativa (qPCR) para Ehrlichia canis, baseada em um fragmento do gene dsb. A detecção desta infecção por meio da nested-PCR foi de 80,5% nos linfonodos e 44,4% nas medulas ósseas, havendo diferença significativa (p<0,05). Já em relação às nested-PCRs dos órgãos dos carrapatos, observamos positividade de 22% nos intestinos, 11% nos ovários e 7% nas glândulas salivares. Na qPCR a detecção foi de 70,8% e 44,4% nos linfonodos e medulas ósseas, respectivamente (p<0,05) e 31,9% nos intestinos, 10% nos ovários e 15, 2% nas glândulas salivares dos carrapatos estudados. As cargas parasitárias médias nos linfonodos foram de 1473,79 Ehrlichia/μL, nas medulas ósseas de 2080,09 Ehrlichia/μL, e nos intestinos, ovários e glândulas salivares as quantificações foram de 1211,53 Ehrlichia/μL, 2602,01 Ehrlichia/ μL e de 49,23 Ehrlichia/μL respectivamente. Assim, houve maior detecção molecular em linfonodos tanto na nested- -PCR quanto na qPCR, e a bactéria estava presente em níveis quantificáveis pela primeira vez em ovários dos artrópodes.

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Como Citar
OLIVEIRA, B. C. M.; VIOL, M. A.; INÁCIO, S. V.; FERRARI, E. D.; NAGATA, W. B.; ANDRÉ, M. R.; BRESCIANI, K. D. S. Detecção de Ehrlichia canis em tecidos de cães e carrapatos Rhipicephalus sanguineus em áreas endêmicas para Erliquiose monocítica canina no Brasil. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 16, n. 3, p. 85-85, 11 dez. 2018.
Seção
VIII SIMPÓSIO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL