Estudo de pontes de miocárdio junto às artérias coronárias em cães
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Resumo
Na atualidade, o coração tem sido um importante objeto de pesquisa, principalmente com o aumento na incidência de doenças cardiovasculares no mundo. Os ramos arteriais provenientes das arté¬rias coronárias, interventriculares subsinuoso e paraconal, e seus ramos circunflexos podem apresentar segmentos com trajetos intramiocárdicos, denominados pontes de miocárdio. A extensão, largura e espessura das pontes, assim como sua localização, são bastante variáveis. Os segmentos arteriais tornam-se novamente superficiais, podendo ocorrer mais de uma ponte durante seus trajetos. As pontes miocárdicas são variações da anatomia normal do indivíduo, porém, em alguns casos, podem ser vistas como uma alteração patológica. A influência de pontes de miocárdio no fluxo sanguíneo através das artérias coronárias e seu envolvimento em várias doenças cardiovasculares, incluindo o desenvolvimento de arteriosclerose, infarto e isquemia e fibrilação ventricular súbita, têm sido discutidos. A literatura mostra que as pontes do miocárdio, por si só, não induzem a alterações miocárdicas importantes. Estudos recentes evidenciaram que o território ao redor das artérias coronárias pode mostrar modificações histomorfológicas. O fluxo sanguíneo pode ser afetado se o espaço entre a ponte de miocárdio e a artéria coronária for preenchido por tecido adiposo, conectivo ou mesmo fluido. Essa relação miocárdio-arterial pode ser responsável pela redução periódica ou permanente da luz arterial. O objetivo deste trabalho é estudar a morfologia e a morfometria das pontes miocárdicas em relação à largura, espessura e espaço perivascular. Estudou-se em 30 corações de cães sem raça definida a localização das pontes de miocárdio mediante dissecação das artérias coronárias previamente injetadas com solução de Neoprene Látex. As peças foram numeradas para que fosse facilitada a tabulação dos resultados. Os ramos interventriculares, paraconal ou esquerdo e subsinuoso ou direito foram divididos em terços proximal, médio e distal. O ramo esquerdo apresentou 10,00% das pontes no terço proximal, 23,34% no terço médio e 20,00% no terço distal. Em 10,00% dos corações, foram encontradas pontes em mais de uma localização num mesmo ramo interventricular. Em 13,33% dos corações estudados, observaram-se pontes de miocárdio nos ramos interventriculares direito e esquerdo. Não foram visibilizadas pontes em nenhum dos ramos estudados em 23,33% dos corações.
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