Poliartrite imunomediada: artrite reumatoide x lúpus eritematoso sistêmico
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Resumo
As poliartrites imunomediadas em cães são difíceis de serem diagnosticas e tratadas, assim como o lúpus eritematoso sistêmico (LES) e a artrite reumatoide (AR). Nos casos de AR, as articulações do carpo são as mais acometidas, tendo como outros sinais clínicos rigidez, fadiga muscular, perda de peso e hipertermia. Radiograficamente, os animais apresentam em suas articulações acometidas lise e erosão de cartilagem e osso subcondral. O LES é uma doença de caráter imunomediado e também pode acometer diversos sistemas. Os sinais clínicos mais comuns são lesões cutâneas, poliartrite imunomediada, anorexia, fraqueza, glomerulonefrite, cardiopatias, hepatopatias, dentre outras. Relatamos nesse estudo seis animais atendidos no Hovet-Metodista com poliartrite no ano de 2009, sendo cinco casos de AR e um caso de LES. Todos esses cães apresentavam no primeiro atendimento claudicação, aumento de volume articular com sensibilidade dolorosa na palpação e discreta hipertermia intermitente. Realizamos exames radiográficos, hemograma completo, função renal (ureia e creatinina), relação albumina sobre globulina, velocidade de hemossedimentação (VHS), Fator Reumatoide (FR) e Fator Antinúcleo (FAN). Verificamos nos achados radiográficos que nas duas doenças havia poliartrite com luxação articular e degeneração subsequente. Ainda nos animais com AR, todos apresentavam lise óssea nas regiões das articulações acometidas, principalmente no carpo e joelho. O animal positivo para LES apresentou lesões cutâneas em abdômen ventral. Após duas semanas do primeiro atendimento, teve a VHS aumentada, hemograma com discreta anemia e FAN positivo (1:5200). Dentre os animais com AR, dois apresentaram FR negativo, mas, com base nos sinais clínicos e exames complementares, foi diagnosticada a doença. Em todos os casos, a globulina estava aumentada em relação à albumina. Com isso, verificamos a importância da realização de exames complementares específicos para o diagnóstico precoce dessas duas patologias, que podem ocorrer com sinais clínicos semelhantes. Assim, essas dificuldades inerentes aos casos, por serem pouco estudados como doença reumatológica, implicam na dificuldade para se chegar ao diagnóstico correto e precoce, onde indicaria-se a terapêutica adequada para obtermos sucesso maior no tratamento, antes que ocorram luxações articulares que impossibilitem ao animal sua locomoção
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