Desenvolvimento e validação de um novo método para produção de maleína para diagnóstico de mormo
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Resumo
O mormo é uma doença de potencial zoonótico que acomete primariamente os equídeos. O agente causal do mormo é a bactéria Burkholderia mallei, um bastonete pequeno, gram-negativo, imóvel, intracelular facultativo. No Brasil, as normas para controle e erradicação do mormo preconizam o uso dos métodos de diagnóstico de fixação de complemento e o teste imunoalérgico da maleína. A maleína atualmente utilizada no Brasil é importada e produzida com cepas exóticas de B. mallei a partir de uma adaptação da técnica utilizada para produção de tuberculina, resultando em um produto primariamente proteico, mas ainda pouco purificado. No projeto em tela, com o objetivo de aumentar a qualidade do reagente e a especificidade do teste, foi efetuada a purificação parcial de quatro lotes de maleína produzidos com cepas autógenas de B. mallei. A purificação do reagente visou a separaração das frações proteicas de peso molecular acima de 350.000 Da, consideradas mais imunorreativas. Foi utilizado um concentrado proteico produzido pela precipitação do sobrenadante de culturas de B. mallei pela adição de ácido tricloroacético. O antígeno foi purificado em um sistema de filtração tangencial equipado com uma membrana de celulose regenerada com ponto de corte de 300.000 Da. A fração purificada foi caracterizada por SDS-PAGE e HPLC e apresentou possuir peso molecular na faixa de 660.000 Da. As maleínas experimentais tiveram sua potência testada frente a um padrão internacional pela inoculação de equinos sensibilizados. A especificidade dos antígenos foi avaliada pela comparação das reações produzidas nos animais sensibilizados e nos controles negativos. As reações foram medidas pela diferença das leituras da dobra da pele, em milímetros, em cada ponto de inoculação, antes e 48 horas após a inoculação. As médias das reações produzidas pelas maleínas experimentais e pela maleína-padrão nos animais sensibilizados foram 6,82 mm e 3,15 mm, respectivamente. No grupo controle, a média das reações produzidas pelas maleínas experimentais foi 1,80 mm. O tratamento estatístico dos dados obtidos dos testes de potência e especificidade revelou que as maleínas experimentais são mais potentes que a maleína-padrão e não produzem reações inespecíficas.
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