Frequência de quirópteros positivos para raiva examinados no estado de Goiás de 2007 a 2011

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I. N. Chagas
C. G. N. Rocha
M. S. Aguiar
R. M. Resende
R. C. Vieira
Y. L. Costa
M. F. C. Santos

Resumo

Os morcegos pertencem à Ordem Chiroptera, e podem ser vetores ou reservatórios de várias doenças importantes em saúde pública, dentre elas a raiva. Existem dados de mortes, por raiva, de conquistadores espanhóis e seus animais, sugerindo que os morcegos já transmitiam a raiva antes da colonização das Américas. Morcegos, de diferentes hábitos alimentares, foram descritos como transmissores da raiva, já tendo sido estabelecido que os morcegos hematófagos sejam responsáveis pela maioria dos relatos de casos de raiva no Brasil. Dentre os morcegos hematófagos, a espécie Desmodus rotundus é a principal transmissora da raiva para os herbívoros, acarretando grandes prejuízos econômicos na área rural. O Estado de Goiás possui uma pecuária importante e expressiva, sendo um grande fornecedor de carne, tanto nacional como internacionalmente. Portanto, é fundamental o conhecimento da frequência de ocorrência de raiva em quirópteros. Foram analisados os exames realizados pelo laboratório do serviço oficial de Defesa Sanitária Animal do Estado de Goiás entre os meses de janeiro de 2007 a dezembro de 2011. Neste período foi realizado o diagnóstico de raiva em 810 morcegos no Laboratório de Análise e Diagnóstico Veterinário – LABVET, da Agência Goiana de Defesa Agropecuária – AGRODEFESA. Estes diagnósticos foram realizados através das técnicas de Imunofluorescência Direta – IFD e da Inoculação Intracerebral em Camundongos – IICC. Dos morcegos recebidos, 806 foram negativos e quatro foram positivos para raiva, o que representa 0,49% do total das amostras. Dos 810 morcegos analisados no LABVET, 748 (92,35%) eram oriundos do Estado de Goiás e 62 (7,65%) eram de outros Estados da Federação; 519 (64,07%) eram hematófagos e 291 (35,93%) eram morcegos não hematófagos. Todos os morcegos positivos eram hematófagos, machos, da espécie Desmodus rotundus, e provenientes do Estado de Goiás. Houve uma amostra positiva no ano de 2007, proveniente do município de Niquelândia e três amostras no ano de 2009, sendo uma do município de Mambaí e duas do município de São Domingos. Apesar de ter sido encontrado somente 0,49% de morcegos positivos, em todos os examinados, os riscos à saúde pública e para a população animal são reais, sendo necessária a manutenção da vigilância epidemiológica, com ênfase no controle de morcegos, diminuindo assim a circulação viral e reduzindo as chances de ocorrência de raiva em seres humanos e animais.

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Como Citar
CHAGAS, I. N.; ROCHA, C. G. N.; AGUIAR, M. S.; RESENDE, R. M.; VIEIRA, R. C.; COSTA, Y. L.; SANTOS, M. F. C. Frequência de quirópteros positivos para raiva examinados no estado de Goiás de 2007 a 2011. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 11, n. 1, p. 47-47, 11.
Seção
RESUMOS RITA