Profilaxia da raiva humana: comparação dos atendimentos médicos notificados em 2001 e 2011 no estado de São Paulo, Brasil
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Resumo
A raiva, doença infecciosa quase sempre fatal, pode ser prevenida com profilaxia específica. A profilaxia da raiva humana pode ser realizada pré ou pós-exposição ao vírus da raiva, utilizando-se vacina contra raiva humana e soro antirrábico de acordo com recomendações específicas. Os imunobiólogicos (vacina de cultivo celular e soro antirrábico) estão disponíveis gratuitamente nos serviços de saúde da rede pública do Brasil. Os acidentes com animais mamíferos considerados de risco para a transmissão da raiva são monitorados pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica, através de notificações dos atendimentos realizados nas unidades de saúde no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Nos últimos onze anos a média anual de atendimentos realizados pelas unidades de saúde do Estado de São Paulo foi de 107491 notificações, com a taxa de 27 atendimentos por 10000 habitantes; sendo que 41% receberam imunoprofilaxia contra raiva e a taxa de abandono de 13,8%. No ano de 2001 foi notificado o último caso de raiva humana no estado de São Paulo, por variante de morcego, cujo animal agressor foi um gato. Em 2001 foram notificados 117599 atendimentos médicos, com 99,9% de casos de pós-exposição, de 95,8% dos 645 municípios, taxa de profilaxia humana de 35,1% e taxa de abandono de 12%. Quanto às espécies animais envolvidas nos atendimentos notificados, os cães e gatos foram os principais agressores responsáveis pela procura do atendimento médico, respondendo por 86% do total. No ano de 2011, dados preliminares revelam que de 117486 atendimentos notificados, 98% foram de pós-exposição, em 98,3% dos municípios, com taxas de profilaxia humana de 49,3% e 14,2% de abandono. Os cães e gatos corresponderam a 96% do total de espécies. Após o período de 11 anos, apesar da discreta diminuição no número de atendimentos notificados, chama atenção o aumento dos casos em que o morcego foi o responsável pela profilaxia em 2011; e também a diminuição dos registros sem especificar a espécie animal envolvida. Persistem ainda inconsistências nos registros dos bancos de dados, gerados eletronicamente, dificultando uma análise rápida e aprofundada dos mesmos.
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