A raiva em São José do Egito, sertão de Pernambuco: uma análise das amostras enviadas

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J. L. Machado
A. C. R. Araújo
M. G. B. Ribeiro
L. A. M. Silva
J. C. T. Oliveira
E. S. Gomes
M. A. A. Boller

Resumo

A raiva é uma antropozoonose altamente letal que acomete a todos os mamíferos, a sua transmissão se dá principalmente pela mordedura de um animal infectado e envolvem nos seus ciclos diferentes grupos de mamíferos entre eles animais domésticos e silvestres. Apesar de ser uma doença grave é de fácil profilaxia e possível de ser monitorada. Uma das propostas de monitoramento é o encaminhamento de amostras para análise rábica de diferentes espécies de mamíferos a fim de se estudar a circulação do vírus nos diferentes ciclos da doença (urbano, silvestre, aéreo e rural). O município, em estudo, situa-se no sertão pernambucano e representa o mais efetivo no encaminhamento de amostra da região, dista da capital pernambucana cerca de 400 quilômetros, localizando-se a uma latitude 07º28’44” sul e a uma longitude 37º16’28” oeste, estando a uma altitude de 585 metros. No ultimo censo sua população foi estimada em 35.792 habitantes ocupando uma área de 792,00 km². As informações das amostras foram coletadas nos livros de registro do LANAGRO/PE e no banco de dados da Vigilância Sanitária do município. O primeiro registro de amostra encaminhada pelo município de São José do Egito para análise rábica refere-se a um bovino enviado em 1979, e até dezembro de 2011, o Município enviou 414 amostras agrupadas em cinco categorias animais (Criação = 56, Doméstico = 85, Humana = 1, Quiróptero = 251 e Silvestre = 21), do total encaminhado 42 foram positivas. Analisando separadamente cada categoria temos que entre os domésticos destacaramse os cães com uma maior freqüência (ocorrendo em praticamente todos os anos com encaminhamento de amostras) e um maior número de amostras (n=80) encaminhadas. Para os animais de criação, os bovinos, representaram o maior número de encaminhamentos (n=40) bem como a maior freqüência anual (nove anos). O maior número de amostras para os morcegos foi de nãohematófagos (n=145). Os silvestres foram representados apenas pelas raposas (n=21) encaminhadas em oito anos, e amostra de humano foi encaminhada uma única vez. Raposa e bovinos registraram o maior número de casos positivos, ambos com 12 registros, seguidos pelos morcegos (n=11). Os cães registraram apenas três amostras positivas, o ultimo em 2007, e o único caso positivo humano ocorreu em 1992. Apesar da aparente erradicação da raiva urbana (canina) o vírus se mostra circulante ainda nesse ambiente, pelos registros de morcegos positivos nos últimos anos, destes cinco ocorreram em 2011. E, pela diversidade de amostras encaminhadas pelo município, pode-se verificar que, o mesmo está efetivando o monitoramento da raiva.

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Como Citar
MACHADO, J. L.; ARAÚJO, A. C. R.; RIBEIRO, M. G. B.; SILVA, L. A. M.; OLIVEIRA, J. C. T.; GOMES, E. S.; BOLLER, M. A. A. A raiva em São José do Egito, sertão de Pernambuco: uma análise das amostras enviadas. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 11, n. 1, p. 55-55, 11.
Seção
RESUMOS RITA