Criopreservação de plasma rico em plaquetas
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Resumo
O plasma rico em plaquetas (PRP) vem sendo muito utilizado na medicina equina, mas precisa ser preparado no momento de cada aplicação, devido à curta durabilidade das plaquetas. Normalmente os tratamentos envolvem várias aplicações locais do PRP, motivo pelo qual a possibilidade de armazenar o PRP e preservar suas propriedades seria muito importante. O DMSO é considerado o crioprotetor mais indicado para armazenar plaquetas humanas. O objetivo deste estudo foi testar a eficácia de um protocolo de criopreservação do PRP eqüino, utilizando DMSO como crioprotetor. O PRP foi preparado através de dupla centrifugação do sangue coletado de oito pôneis sadios. Uma amostra do sangue total foi enviada ao laboratório para contagem de plaquetas e determinação do volume plaquetário médio (VPM). Depois de obtido, o PRP foi separado em três alíquotas, sendo uma o PRP fresco, e as outras duas destinadas à criopreservação. A amostra fresca foi enviada ao laboratório para contagem, determinação do VPM e avaliação morfológica das plaquetas (inativas, ativadas, estado incerto). Uma das amostras foi congelada com DMSO, na concentração final de 6% e a outra foi congelada sem DMSO. As amostras foram armazenadas em freezer, a -80°C, por 14 dias, quando foram descongeladas em banho-maria e novamente avaliadas. O PRP fresco apresentou 830 (±95,27) x103 plaquetas/ μL, VPM de 5,1 (±0,06)fL e 4,37% de plaquetas ativadas Quando armazenadas a baixas temperaturas, as plaquetas sofrem processo de ativação, o que implica em aumento do VPM e alterações morfológicas, como mudança da forma discóide para esférica e emissão de pseudópodes. A avaliação morfológica é uma maneira de determinar a qualidade das plaquetas após o congelamento. Não se observou diferença no número total de plaquetas, VPM e plaquetas ativadas entre as amostras frescas e as congeladas com DMSO (617,9±65,49x103 plaquetas/μL; VPM 5,3±0,06fL; 9,6% de plaquetas ativadas). Entretanto, as amostras sem DMSO apresentaram um número menor de plaquetas (519,6±66,08 x103/μL), maior VPM (5,71±0,08fL) e maior percentagem de plaquetas ativadas (13,87%) (p<0,05), o que indica que quando congeladas sem crioprotetor, as plaquetas sofreram lesões pelo armazenamento. A criopreservação a -80°C, utilizando-se DMSO a 6% como crioprotetor, foi eficaz no armazenamento do PRP eqüino.
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