Reversão da ativação astrocitária na medula espinal de ratos submetidos a estimulação elétrica do córtex motor
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Resumo
A estimulação elétrica do córtex motor (ECM) tem sido amplamente utilizada na clínica médica como ferramenta para controle da dor, utilizada em pacientes com diferentes algias, principalmente as de caráter crônico, que não respondem satisfatoriamente a nenhum tipo de analgesia convencional. Estudos preliminares, demonstraram que a ECM reverte a dor neuropática em ratos, inibindo neurônios dos núcleos ventrais posteriores lateral e medial do tálamo e do corno dorsal da medula espinal, ativando neurônios do córtex cingulado anterior e dos núcleos central e basolateral da amígdala. Apesar dessas evidências, os mecanismos envolvidos nessa modulação nociceptiva não foram, até o momento, esclarecidos. Assim, neste trabalho, foi avaliado a neuroplasticidade induzida pela ECM no modelo de neuropatia periférica persistente em ratos, investigando a participação de células da glia, mais precisamente, astrócitos, envolvidos com a ativação e inibição da resposta nociceptiva. A metodologia a ser empregada envolveu indução da dor neuropática pela constrição crônica do nervo isquiático, implantação dos eletrodos transdurais sobre o córtex motor primário e avaliação da resposta nociceptiva nos testes de hiperalgesia e alodínia mecânica. Ensaio de imunofluorescência foi realizado para a detecção de proteína ascídica fibrilar glial (GFAP, marcador astrocitário) na medula espinal obtida de animais com dor neuropática induzida, estimulados ou não. Em animais que apresentaram reversão da dor neuropática após ECM, foi observada uma diminuição da ativação astrocitária na medula espinal, quando comparado com animais com dor neuropática, não estimulados. Os dados obtidos permitem sugerir que a ECM inibe células da glia medulares, as quais contribuem com a indução do impulso nociceptivo. Estes resultados poderão contribuir tanto com um melhor entendimento do papel do córtex motor na modulação da dor neuropática como com o aprimoramento de estratégias terapêuticas no tratamento da dor persistente.
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