Produção e avaliação de vacina contra agalaxia contagiosa
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Resumo
O trabalho teve como objetivo produzir e avaliar a eficiência de três vacinas contra a agalaxia contagiosa, uma doença emergente em caprinos e ovinos do Nordeste brasileiro. Amostras de Mycoplasma agalactiae foram isoladas de animais naturalmente infectados, identificadas e caracterizadas por provas bioquímicas, reação em cadeia da polimerase, SDS-PAGE e western-blotting. Para avaliar a resposta sorológica, foi utilizado um ELISA indireto. As vacinas foram inativadas com formaldeído na concentação de 0,4% e adsorvidas com hidróxido de alumínio (vacina 1), montanide IMS 2215 PR VG (vacina 2) e montanide Gel 01 PR (vacina 3). Para o teste de eficiência, cada vacina foi administrada em um grupo de oito caprinos e oito ovinos, jovens e adultos, machos e fêmeas, previamente testados para agalaxia contagiosa. Um grupo de três animais por espécie foi utilizado como controle. Os animais foram imunizados com duas doses de 2 ml cada, via subcutânea, com intervalo de 21 dias. Três animais por grupo foram desafiados com 107 ufc/ml de cultura de M. agalactiae, via oral, 65 dias após a segunda dose vacinal e acompanhados diariamente para verificação de sinais clinicos, durante 90 dias. Nas fêmeas em lactação, o inóculo também foi administrado via intramamária. Amostras de leite, suabe nasal e ocular para isolamento de M. agalactiae e soro sanguíneo para determinação dos títulos de anticorpos foram coletadas semanalmente. As amostras isoladas apresentaram similaridade no perfil proteico com bandas variando de 30 a 135 KDa no SDS-PAGE, sendo que a P48 apresentou maior reatividade no western-blotting. As três vacinas induziram produção de anticorpos satisfatórios, sendo mais elevados nos caprinos que nos ovinos. A vacina 2 induziu títulos mais elevados que as demais nas duas espécies. Após o desafio, nenhum sinal clínico compatível com agalaxia contagiosa foi observado nos animais vacinados nas duas espécies. Uma cabra do grupo controle apresentou alterações macroscópicas do leite, com redução da produção, 28 dias pós-desafio. Foi possível o isolamento de M. agalactiae do leite desse animal. Os grupos controles permaneceram com níveis de anticorpos abaixo do ponto de corte durante todo o período anterior ao desafio. Conclui-se que as vacinas testadas induziram níveis de anticorpos significativos. Recomenda-se a inclusão dessa enfermidade no Programa Nacional de Sanidade de Caprinos e Ovinos - PNSCO, tendo como estratégia principal a vacinação dos rebanhos.
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