Variáveis de risco associadas à ocorrência da leptospirose e às taxas reprodutivas em veado- campeiro (Ozotoceros bezoarticus) na região da Nhecolândia, Corumbá, MS, Brasil
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
A Leptospira interrogans é um dos principais agentes etiológicos que afetam um grande número de espécies domésticas, selvagens e o homem. O veadocampeiro (Ozotoceros bezoarticus) compartilha dos mesmos hábitos biológicos dos ruminantes domésticos no Pantanal, competindo pelos mesmos alimentos e sendo acometido pelas mesmas doenças. O presente estudo foi desenvolvido no Sudoeste da região da Nhecolândia (Corumbá, MS, Brasil), tendo como objetivo a realização de um inquérito por meio de técnicas sorológicas e moleculares de diagnóstico sobre a frequência da leptospirose em veado-campeiro, além de avaliar as variáveis de risco relacionadas com a leptospirose e associadas à ocorrência de fêmeas de veado-campeiro sem filhotes na estação de parição. Foram capturadas e identificadas 56 fêmeas e três machos de veado-campeiro para a obtenção de sangue total e soro sanguíneo para o diagnóstico molecular por PCR e sorológico da leptospirose. Em todas as fêmeas foi realizada ultrassonografia, tendo como resultado uma taxa de gestação de 98,21% (55/56). A proporção de sororreatores pela soroaglutinação microscópica (SAM) foi de 28,81% (17/59) e os sorovares Pomona e Autumnalis foram diagnosticados em 64,71% (11/17) e 29,41% (5/17) dos animais positivos, respectivamente. Utilizando-se os primers G1/G2 e lep1/lep2 não foi detectado DNA de Leptospira sp. no sangue de nenhum cervídeo. Foram identificadas, como variáveis de risco associadas ao diagnóstico positivo da leptospirose, as temperaturas retais médias acima de 38,76º C e os grupos de cervídeos formados por três ou mais indivíduos. Para a ocorrência de fêmeas de veado-campeiro sem filhotes, durante o período de parição, a primiparidade foi indicada como variável de risco.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusica da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios instituicionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre);