Avaliação da eficácia do tratamento com tripsina em oócitos maturados in vitro e embriões fertilizados in vitro expostos a sorovares de Herpes virus bovinus tipo 1
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Resumo
Técnicas de reprodução assistida melhoram a qualidade e produtividade de rebanhos no mundo todo e têm sido cada vez mais utilizadas. Pesquisas analisando qualidade sanitária dos rebanhos, condições de oócitos e embriões produzidos in vitro e in vivo são realizadas mundialmente devido a contaminações que podem ocorrer durante as fases de produção e transferência de embriões. Nesse sentido, a técnica de produção e transferência de embriões torna-se segura desde que seguidas as normas definidas pelo manual da International Embryo Transfer Society (IETS), por meio de tratamento dos oócitos/embriões com tripsina e antibióticos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia do tratamento com tripsina na eliminação e/ou remoção do Herpersvírus Bovino tipo 1 (BoHV-1), estirpe Colorado, em embriões murinos. A detecção viral foi feita pela n-PCR e por efeito citopático em células de linhagem estabelecida de rim bovino (MDBK). Camundongos fêmeas Swiss, com idade entre seis e oito semanas, foram superovuladas e acasaladas com machos inteiros da mesma linhagem e idade. Após 24 horas, os zigotos (n = 262) foram divididos em três grupos: grupo controle submetido à lavagem sequencial (CLS), grupo exposto ao vírus (30 μL; título 106,5 vírus/mL) e submetido à lavagem sequencial (ELS) e grupo exposto ao vírus e submetido ao tratamento com tripsina (ETT). Os zigotos e as últimas gotas dos grupos foram separados para o teste de n-PCR e inoculados em células MDBK para observação de efeito citopático. Todos os grupos, com exceção do CLS, apresentaram resultados positivos para a n-PCR tanto para zigotos quanto para as últimas gotas. Houve a presença de efeito citopático em todos os grupos, exceto no grupo CLS demonstrando a viabilidade do vírus após os tratamentos. Esses resultados demonstraram que o tratamento com tripsina não foi eficaz na eliminação e/ou remoção do BoHV-1. A necessidade de estudos dessa natureza é de fundamental importância ao considerarmos o potencial risco da transmissão de patógenos emergentes e pouco controlados pelas biotécnicas da reprodução, visando, dessa forma, ao controle e à produção de embriões sadios.
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