Determinação do hormônio 17-alfa-metiltestosterona em amostras de peixe

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V. A. G. Silva
F. S. Amorim
E. F. Pereira
J. R. Souza
H. Louvandini

Resumo

O hormônio sintético 17-alfa-metiltestorena (MT) é um anabólico esteróide derivado da testosterona, utilizado em humanos em casos de deficiência andrógena, infertilidade e câncer de mama. É aplicado também na piscicultura como promotor de populações monossexo de peixes, como a tilápia-do-Nilo (Oreochromis niloticus L.). Com o aumento do consumo de peixes, o setor agroindustrial vem ampliando sua oferta, fornecendo uma maior variedade de espécies ao consumidor e demandando dos produtores uma crescente qualidade dos produtos fornecidos. Com isso, torna-se fundamental a garantia da inocuidade dos alimentos ofertados para consumo quanto à presença de resíduos decorrentes de drogas veterinárias, agroquímicos e, mais recentemente, hormônios. A importância do presente trabalho, reside principalmente na vulnerabilidade de crianças à exposição a produtos tóxicos, que em poucos anos pode representar alterações endócrinas em toda uma população, resultando em pessoas com amadurecimento genital precoce, feminização ou mesmo infertilidade. O presente trabalho teve como objetivo a otimização da aplicação da extração em fase sólida (SPE) em conjunto com a técnica de cromatografia líquida de alta eficiência com detecção por ultravioleta visível (HPLC-UVVis), para a determinação do hormônio 17-alfa-metiltestosterona em amostras de peixe. O sistema LC utilizado foi acoplado a um detector. Extratos de MT foram analisados com as condições isocráticas: fase móvel, MeOH/Água (80/20, v/v), vazão de 0,4 mL/min tempo de corrida de 15 min e coluna C18 (150 mm x 4.6 mm e 4 mm x 2 mm; 4 μm) com detecção no comprimento de onda 236 nm. O volume de injeção foi de 20 μL. Para a extração em fase sólida foram utilizados cartuchos C18, utilizando-se como solvente para condicionamento do adsorvente metanol/água, e metanol para a eluição do analito no final. Quanto às amostras, foram utilizados dois tipos de peixe: controle, na qual o peixe não sofreu exposição ao hormônio; e uma outra amostra, que passou pelo processo de reversão sexual. Foram feitos testes de recuperação em dois níveis de fortificação, empregando-se 1,0 g de peixe. As técnicas utilizadas apresentaram bons resultados. Os limites de detecção e quantificação variaram de 0,04 a 0,06 mg/kg e 0,07 a 0,21 mg/kg, respectivamente. A linearidade foi de 0,9992. A recuperação do método de extração variou entre 75-90%. Com relação às amostras utilizadas, não foram detectados resíduos do hormônio 17-alfa-metiltestosterona em nenhum dos dois tipos. Conclui-se que os resultados obtidos mostraram que o presente método cromatográfico tem aplicabilidade para o controle de qualidade de alimentos. 

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Como Citar
SILVA, V. A. G.; AMORIM, F. S.; PEREIRA, E. F.; SOUZA, J. R.; LOUVANDINI, H. Determinação do hormônio 17-alfa-metiltestosterona em amostras de peixe. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 9, n. 3, p. 61-61, 11.
Seção
RESUMOS ENDESA