Osteopatia hipertrófica associada à formação pulmonar em cadela – relato de caso
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Abstract
A osteopatia hipertrófica está associada a causas intratorácicas (processos pulmonares como: neoplásicos, abscesso, dirofilariose e tuberculose) e extratorácicas (adenocarcinomas hepáticos e neoplasias primárias em bexiga urinária); a maior ocorrência é em cães de grande porte, idosos; sendo descritos casos em outras espécies. Algumas das hipóteses de patogênese da doença são: aumento do fluxo sanguíneo na porção distal dos membros; fatores humorais ou hipóxia. Clinicamente, são lesões bilaterais, simétricas e edematosas, acometendo as extremidades distais dos quatro membros, podendo ser dolorosa, progredindo para as porções proximais. Nota se radiograficamente reações periosteais, que atingem a diáfise dos ossos longos e dígitos, sem envolvimento articular. Relato de Caso: Relata-se o caso de um canino, fêmea, labrador retiver atendido no Centro de Saúde Animal Jardins com hipóxia, claudicação, dor em membros pélvicos e edema em região de carpos e tarsos. Na radiografia notou-se, reação periosteal em paliçada em carpos e tarsos se estendendo até falanges, com aumento de partes moles; e em tórax formação em lobo cranial esquerdo medindo 7x6 cm, sugestivo de osteopatia hipertrófica. Exame ultrassonográfico abdominal sem alteração digna de nota. Os exames laboratoriais apresentaram discreta leucocitose, trombocitose e aumento de fosfatase alcalina. Após terapia com cloridrato de tramadol (2mg/kg), dipirona (25mg/kg) e carprofeno (2,2mg/ kg), houve melhora clínica. A punção de massa em tórax realizada sugeriu ser carcinoma. O protocolo cirúrgico e quimioterápico foi proposto ao proprietário, que recusou por ter caráter invasivo e de sofrimento ao paciente. Discussão: Os sinais clínicos e radiológicos observados no paciente foram compatíveis com os achados bibliográficos. Para a conclusão do diagnóstico de carcinoma torácico é necessário o exame histopatológico, pela sua precisão comparada ao citológico. Trabalhos citam que após remoção tumoral, os sinais clínicos cessaram ou regrediram, porém, por ser normalmente em regiões de difícil acesso cirúrgico, o prognóstico acaba sendo ruim. Pode-se indicar o protocolo de quimioterapia, pela extensão da lesão pulmonar, reduzindo o tumor e controlando a osteopatia hipertrófica. Conclusão: O tratamento terapêutico, posterior remoção cirúrgica e quimioterapia, aumentam a sobrevida e melhora o prognóstico.
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