Envenenamento acidental por Epipremnum sp. (jibóia) concomitante à coccidiose em cão – relato de caso
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Abstract
O envenenamento por plantas é comum na rotina clínica de pequenos animais devido à curiosidade inerente desses pacientes. A Epipremnum sp., popularmente conhecida como jiboia, causa sinais gastroentéricos como sialorréia, êmese, diarreia, estomatite e gastroenterite devido à presença de cristais de oxalato de cálcio insolúveis. A infecção oportunista por coccídeos ocorre comumente em filhotes e a doença caracteriza-se por diarréia, êmese, letargia e desidratação. Relato de caso: Relata-se o caso de um cão, West Highland White Terrier, macho, dois meses, admitido com êmese, diarréia pastosa, sialorréia, sensibilidade à palpação abdominal e com histórico de ingestão da planta jiboia. Os exames laboratoriais mostraram discreta anemia (Ht 32%), oocistos de coccídeos nas fezes e valores alterados das enzimas hepáticas (AST 231 UI/L, ALT 107 UI/L e FA 210 UI/L). O ultrassom revelou discreto aumento da espessura da parede e motilidade intestinal, discreta hepatomegalia, aumento de ecogenicidade do mesentério, compatível com processo inflamatório. Instituída terapia com antieméticos, protetores gástricos e hepático, antibiótico e fluidoterapia: omeprazol (1mg/Kg), ranitidina (2mg/ Kg), ondansetrona (0,5mg/Kg), sucralfato, acetilcisteína em infusão contínua (5mg/Kg/h), sulfametoxazol + trimetoprima (15mg/Kg) e solução ringer lactato. Após três dias de antibioticoterapia o animal apresentou intensa leucopenia (1,10 mil/mm3) e moderada anemia (Ht 23%); medicamento foi substituído por metronidazol (7,5 mg/Kg) e realizada uma aplicação de filgrastima. Houve redução gradativa das concentrações séricas das enzimas hepáticas até total resolução do quadro no quinto dia de tratamento. O ultrassom controle revelou ausência de inflamação. Discussão: Os relatos em literatura descrevem alterações gastroentéricas por ingestão de Epipremnum sp. No
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