Aspectos ultrassonográficos de cistos hepáticos em felinorelato de caso
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Abstract
Os cistos hepáticos podem ser únicos ou múltiplos, congênitos ou adquiridos (1,2,3,4,5). Pela ultrassonografia são formações cavitárias de conteúdo anecogênico e homogêneo, com paredes finas e ecogênicas (1,2,6,7,8), sendo por vezes responsáveis por artefatos de técnica(4). A origem pode ser o parênquima hepático, vias biliares (4,9), vascular (7) e parasitária (2), ocasionalmente estão associados à doença renal policística (1,8,10,11). Geralmente o fluido é um transudato (11), a drenagem e análise laboratorial auxiliam o diagnóstico (1,2) e o tratamento (12). Cistos grandes que ocasionem compressão tecidual têm indicação cirúrgica (10,11,14). O presente trabalho relata a ocorrência de cistos hepáticos em felino e mostra a contribuição da ultrassonografia nesta afecção. Relato de Caso: Um animal da espécie felina, SRD, macho, 12 anos, foi atendido no HOVET-FMVZ-USP, com aumento de volume abdominal. O exame físico revelou mucosas ictéricas e palpação de massa firme em abdome. Solicitou-se exames laboratoriais e ultrassonografia abdominal. Resultados e Discussão: Nos exames constatou-se elevação de ALT, bilirrubina e ácidos biliares. A ultrassonografia demonstrou múltiplas estruturas císticas no parênquima hepático, medindo de 1,5 cm a 12,7 cm, com conteúdo líquido de discreta celularidade. Drenou-se por duas vezes o fluido do maior cisto, que se tratava de transudato, o que está de acordo com a literatura (11). Optou-se pelo tratamento cirúrgico, pois não houve resolução do quadro compressivo com as drenagens (10, 11,14). Foi realizada excisão parcial do cisto, localizado no lobo caudado e sua cavidade foi preenchida com omento. O exame histopatológico foi utilizado para a confirmação do diagnóstico. Conclusão: Os cistos hepáticos podem resultar em sinais clínicos e a ultrassonografia tem um importante papel no diagnóstico, auxílio para a drenagem e acompanhamento da evolução do quadro.
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