Alimentação via sonda orogástrica em cão com fi ssura palatina – relato de caso
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Abstract
A fissura palatina congênita ocorre pela não fusão das lâminas palatinas durante a vida fetal. Alguns animais são incapazes de mamar morrendo no pós-parto ou apresentam afecções respiratórias como pneumonia aspirativa. Relato de caso: Um cão macho, Akita Inu, de 28 dias, pesando 500 gramas, escore de condição corporal (ECC) 2/9, com fissura palatina congênita, apático e anoréxico há 48 horas foi atendido no Hospital Veterinário Governador Laudo Natel (HVGNL) da FCAV/UNESP Jaboticabal. Com dois dias de vida o animal foi rejeitado pela mãe e passou a ser alimentado via mamadeira com mistura de sucedâneo e leite comercial, havendo descarga nasal de alimento e tosse. O animal foi tratado para pneumonia aspirativa em clínica veterinária externa. No HV foi instituído manejo alimentar via sonda orogástrica, orientando o proprietário a sondar e administrar o alimento 4 a 6 vezes ao dia. Do 28º ao 33º dia de vida este foi alimentado com sucedâneo comercial para cães e do 34º ao 100º dia com alimento comercial para cães filhotes (32% de proteína bruta (PB), 20% de extrato etéreo (EE) e 4,24 kcal de energia metabolizável (EM)/grama). A partir do 101º dia passou a receber alimento para cães filhotes de grande porte (28% PB, 13% de EE e 3,8 kcal EM/grama). A ração era umedecida e batida em liquidificador, a necessidade energética calculada quinzenalmente de acordo com NRC (2006). O peso adulto foi estimado entre 20 e 25 kg. Discussão: O ECC esteve adequado (4/9) a partir do 68º dia e na curva de crescimento notou-se recuperação do paciente por volta do 4º mês de vida, quando foi realizada cirurgia reconstrutiva do palato. Conclusão: Em filhotes de cães, quando há elevado risco anestésico para sondagem esofágica, pode-se preconizar o manejo nutricional (quantidade de alimento e acompanhamento do crescimento) via sonda orogástrica.
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