Avaliação da resposta clínica do polimetilmetacrilato com canais de interconexão como implantes orbitários em cães e gatos
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Abstract
Objetivou-se, com a utilização do implante de polimetilmetacrilato (PMMA) munido com canais de interconexões em orbita enucleada de cães e gatos, verificar a existência de integração a partir da observação clínica, ultrassonográfica e análise histopatológica. Os implantes foram confeccionados com PMMA comercial (Acrílico autopolimerizante JET: Laboratório Clássico) em molde de silicone a partir de esferas, cujo diâmetro variava de 12 a 22mm e perfurados com furadeira de bancada (brocas de 1,2 e 1,5). Ato contínuo foram lavados, embalados individualmente e esterilizados por autoclavagem a 132ºC durante 20 minutos. A inserção na cavidade anoftálmica deu-se após a enucleação subconjuntival lateral. Foram utilizados 21 olhos. Foram realizadas avaliações clínicas a cada 24, 48 e 72 horas após o procedimento cirúrgico de implante. Além disso, os pacientes foram acompanhados 15 dias após a cirurgia (momento de retirada dos pontos), aos 30 dias e mensalmente até 18 meses de pós-operatório. Em adição, foram submetidos à exames ultrassonográficos a cada 15, 30, 45 e 300 dias. Em todos os tempos avaliados, foi verificada a presença de segmentos de vasos sanguíneos, formação de tecido ecogênico justaposto à superfície retilínea do implante com linha hiperecogênica longitudinal entremeada, sugerindo a presença de tecido de granulação. A microscopia do material, constituído por capsula e implante exenterado da orbita de cão, revelou que entre a esclera e o local do implante havia uma capsula fibrosa, da qual emergiam projeções constituídas por tecido colagenoso frouxo associado a moderada quantidade de células inflamatórias e inúmeros vasos imaturos repletos de sangue. De acordo com os resultados obtidos pode-se concluir que os canais de interconexões das esferas de PMMA são preenchidos por tecido fibrovascular quando utilizado em orbita de cães e gatos.
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