Abordagem cirúrgica e tratamento de traumatismo coccígeo em quati (nasua nasua)
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Abstract
O quati (Nasua nasua) é um mamífero de hábitos diurnos, terrestres e arborícolas, que pertencente à família Procyonidae, ordem Carnivora, de porte médio, pernas curtas e pelagem densa, cauda longa e listrada, onívoros, consumindo, de maneira geral, invertebrados, pequenos vertebrados, frutas e néctar. A coccigodinia constitui uma condição clínica caracterizada por edema e dor na região coccígea, podendo estar associada com trauma ou com a conformação anatômica deste segmento, dependendo do comprometimento estrutural e fisiológico, pode ser necessária caudectomia, cirurgia que era realizada com muita frequência com a finalidade de estética em domésticos e atualmente é uma prática cirúrgica utilizada apenas para corrigir patologias cirúrgicas de cauda (fraturas e neoplasias). Foi encaminhado para o Laboratório de Estudos em Imunologia e Animais Silvestres – LEIAS um indivíduo Nasua nasua adulto, fêmea, 10kg, proveniente do Centro de Multiplicação de Animais Silvestres – CEMAS UFERSA no município de Mossoró/RN. Ao exame físico e ortopédico verificou-se que o indivíduo apresentava coccigodinia traumática com fratura das vértebras coccígeas com lesão medial cortocontundente. Após diagnóstico, iniciou-se o tratamento pré-cirúrgico com anti-inflamatório (cetoprofeno) e antimicrobiano (enrofloxacina). O animal seguiu para procedimento cirúrgico de amputação parcial da cauda, utilizando como protocolo anestésico: indução com cetamina (10mg/kg) e xilazina(1mg/kg), manutenção com cetamina (10mg/ kg), anestesia epidural e anestesia local infiltrativa com lidocaína (0,4mg/ kg). A amputação iniciou-se com a remoção do seguimento comprometido da cauda, com retirada de quatro vértebras acima porção comprometida para a absoluta certeza da vitalidade do tecido remanescente. A medicação póscirúrgica utilizada foi dipirona (25mg/kg), ampicilina (22mg/kg) e cloridrato de petdina (3mg/kg) durante três dias. O curativo foi trocado a cada dois dias até a retirada dos pontos (dez dias), o paciente apresentava incomodo com o curativo, sendo necessário acompanhamento constante do animal.
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