Efeitos da bupivacaína 0,5% em bloqueios perineurais palmares de equinos

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Pierre Barnabé Escodro
Cícero Ferreira de Oliveira
Lucas Santana da Fonseca
Waldelucy K. Felix da Silva
Fernanda Timbó D'el Rey Dantas
Domingos Cachineiro Rodrigues Dias

Abstract

A analgesia perineural apresenta-se como meio para o diagnóstico de claudicação em equinos, sendo bastante aceita na prática veterinária, pois elucida a origem e a região específica da afecção. Também têm aumentado os estudos com analgesia perineural prolongada no intuito de fornecer alívio nos pós -operatórios e casos clínicos de evolução dolorosa com sede distal do membro torácico, sendo o nervo palmar o mais recomendado para tal. O anestésico local de longa ação mais utilizado na prática equina é a bupivacaína, com tempo de latência de 15min e ação que varia entre 180 e 480min. Foram selecionados cinco equinos adultos, hígidos, sem raça definida, sendo quatro fêmeas e um macho com idade entre três a cinco anos, com peso médio 329,1 ± 15,98kg, sem qualquer problema locomotor. Os animais foram submetidos à colocação de ferraduras para indução de claudicação no membro torácico direito (M.T.D), caracterizada por apresentar duas barras e dois orifícios com roscas para parafusos de 6mm de diâmetro na região central da ranilha (PR) e ponto central da sola (PC). O grau de claudicação foi evidenciado com a colocação do parafuso até o animal apresentar grau de claudicação (GC) 3, avaliando os pontos separadamente, considerando-se GC 0, o animal com claudicação ausente. Os bloqueios nervosos foram realizados com agulhas isoladas de calibre 25G de 10cm, conectadas a um eletroestimulador de nervo periférico. As avaliações foram realizadas nos tempos pré-infiltração e pós-infiltração em 5,15, 30, 45, 60, 120, 180, 240, 300 e 360 minutos. O tempo de latência médio (início da remissão GC a partir do bloqueio) foi de 5min; o tempo de início de efeito máximo (tempo quando se atingiu GC 0) foi de 21,0, 8,2min; a duração de efeito total (retorno ao GC 3) foi de 218,0 ±26,8min; e a duração de efeito máximo (intervalo de tempo em que os animais permaneceram em GC 0) foi de 132 ± 38,8min. Não houve diferença entre os tempos de início da analgesia e retorno de claudicação considerando os pontos de pressão dolorosa na sola do casco, o que possibilita futuros experimentos apenas com um ponto de exercício de pressão, diminuindo exposição do animal à dor. A média dos tempos de latência e de início de efeito máximo analgésico da bupivacaína apresentou-se menor que os citados pela literatura.

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How to Cite
EscodroP. B.; OliveiraC. F. de; FonsecaL. S. da; SilvaW. K. F. da; DantasF. T. D. R.; DiasD. C. R. Efeitos da bupivacaína 0,5% em bloqueios perineurais palmares de equinos. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 11, n. 3, p. 71-72, 11.
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