Acupuntura como terapia anticonvulsivante em cão pós cinomose – relato de caso
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Abstract
A convulsão é a manifestação anormal do status eletrofisiológico do cérebro. As convulsões em cães jovens rotineiramente estão associadas à patologias virais, particularmente a cinomose. A cinomose é uma doença complexa, imunossupressora, degenerativa dos envoltórios lipídicos, que envolvem os neurônios, provocada pelo Canine Distemper Virus, da família paramyxoviridae, mesma família do sarampo, que acomete canídeos, mustelídeos, ursídeos e alguns felídeos. Foi atendido no Ambulatório de Acupuntura do Hospital Veterinário da UFRPE um cão da raça ShihTzu, fêmea, seis meses, com diagnóstico prévio de convulsão como sequela após o tratamento da cinomose. A terapêutica previamente instituída foi à base de fenobarbital (8mg/kg) e brometo de potássio (40mg/kg), sem haver controle do status convulsivo. A dosagem sérica de fenobarbital estava dentro dos limites de normalidade citado pela literatura, porém não havia remissão das crises. Submetido à avaliação sob os princípios da Medicina Tradicional Chinesa, estabeleceu-se o protocolo de tratamento. Foram utilizadas agulhas próprias para acupuntura, no diâmetro de 0,25x30mm nos acupontos: Ying-tang; Si ShenTsung; VG-20 e; VG-14, por 20 minutos, semanalmente. Na quarta sessão, as crises convulsivas estavam ausentes e foi retirado o brometo de potássio. Como não ocorreram novas crises, iniciou-se o desmame do fenobarbital em uma gota por semana, até a sua completa retirada. O paciente foi mantido por mais quatro semanas em tratamento e foi instituída a alta, sem a ocorrência de novas crises. A estabilização do paciente tratado neste relato sugere que a acupuntura, associada ou não ao uso de anticonvulsivantes, pode ser eficaz no controle da convulsão pós-cinomose em cães.
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