Alterações hematológicas e bioquímicas de cães reagentes para leptospira spp
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Abstract
Foi avaliada a frequência sorológica de anticorpos anti-Leptospira spp em cães atendidos em Uberlândia, MG que também foram submetidos aos exames hematológicos e bioquímicos (ureia, creatinina e ALT). Na rotina de atendimento clínico de cães, muitas vezes o médico veterinário solicita e interpreta exames de sangue e já propõe um tratamento, ignorando a possibilidade de ocorrência de doenças que necessitariam de um exame mais específico para serem confirmadas. Diante disto, foram testadas 94 amostras de soro sanguíneo de cães no teste de soroaglutinação microscópica em campo escuro (SAM), com uma coleção de 14 sorovares. Dos cães avaliados, 31,91% (30/94) apresentaram- se reagentes à Leptospira spp., sendo que a frequência dos sorovares encontrados foram Icterohaemorrhagiae (83,33%), Canicola (43,33%) e Copenhageni (3,33%). Algumas alterações hematológicas, encontradas nos cães reagentes na SAM, são consideradas “clássicas” da leptospirose, como anemia 5 (16,67%), trombocitopenia 4 (13,33%) e trombocitose 6 (20%). No entanto, resultados de hemogramas normais não excluem o diagnóstico da doença. Dos valores que se referem aos resultados bioquímicos dos 30 animais reagentes no SAM, encontrou-se 24 (80%), amostras que apresentaram elevação no valor da ureia 4 (13,33%), elevação no valor de creatinina 1 (3,33%) e 5 (16,67%) apresentaram elevação no valor da ALT. Vale destacar que apenas a elevação da ureia foi um achado considerável dentre os resultados bioquímicos. Alguns animais reagentes na SAM não apresentaram alterações no hemograma e nem nos testes bioquímicos. Concluiu-se que a frequência de leptospirose foi de 31,91% em cães com e sem alterações hematológicas e bioquímicas. Por esta razão, sugere-se a solicitação do teste da soroaglutinação microscópica em campo escuro para leptospirose, quando houver suspeita clínica, pois os achados laboratoriais hematológicos e bioquímicos não são específicos e necessariamente conclusivos em animais infectados por leptospiras patogênicas.
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