Adenocarcinoma gástrico em cão: relato de caso
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Abstract
A prevalência de tumores gastrointestinais em cães é baixa. O adenocarcinoma gástrico é responsável por 42% a 72% dos tumores gástricos malignos. Esses tumores têm maior incidência em cães machos, de meia idade. Um cão, Basset Hound, macho, com oito anos de idade, pesando 18 kg, foi atendido num Hospital Veterinário na cidade de Curitiba, PR., no dia 28 de junho de 2011, com queixa de vômitos esporádicos. Foram realizados exames (RX e US) sem nenhuma alteração. Foi prescrito omeprazol, por suspeita de gastrite. Duas semanas após a primeira consulta o animal retornou ao Hospital com piora do quadro inicial. Apresentava uma evidente perda de peso entre as duas consultas. Ao exame físico foi observado mucosas hipocoradas, dor abdominal e desidratação moderada. Um novo exame ultrassonográfico foi realizado, com identificação de alterações gástricas e hepáticas. O animal foi internado, com suspeita clínica de neoplasia gástrica. Posteriormente o paciente apresentou hematêmese. Quatro dias após a segunda consulta o paciente passou por laparotomia exploratória para avaliação do estômago. Durante o procedimento cirúrgico foi observado tumoração intramural predominantemente no antro pilórico e porção inicial do duodeno, causando obstrução. Diversos linfonodos perigástricos encontravamse aumentados sugerindo metástase nodal. O processo neoplásico ocupava 80% do estômago do animal. Optou-se por fazer a gastrectomia parcial. Realizou-se gastroduodenostomia com excisão dos linfonodos aumentados em bloco. Foi necessária excisão do duodeno proximal, que estava infiltrado pelo tumor, o que exigiu uma colecistoduodenostomia. O animal permaneceu internado por uma semana, com prescrição de amoxicilina + clavulanato de potássio e suplemento mineral e vitamínico. Após a realização da cirurgia o animal ganhou 5kg de peso, e cessaram-se os episódios de vômito. A ultrassonografia abdominal e exames laboratoriais foram realizados periodicamente para acompanhamento da evolução do quadro. O exame histopatológico diagnosticou adenocarcinoma gástrico. Apesar da não realização da quimioterapia, devido a hepatopatia apresentada, o paciente teve uma sobrevida de 6 meses, com qualidade de vida. Estas neoplasias geralmente não são diagnosticados rapidamente e o prognóstico é reservado, com 80% de recidiva dentro de 5 a 6 meses, fato que ocorreu no presente relato
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