Contaminação resultante de falhas tecnológicas durante o abate de frangos de corte em frigorífico com o serviço de inspeção federal (SIF) no Rio Grande do Sul
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Abstract
O trabalho teve o objetivo de estudar a incidência de contaminação por falhas tecnológicas no fluxo de abate de frangos de corte inspecionados pelo SIF em frigorífico no Rio Grande do Sul. Em julho e agosto de 2011, acompanhou-se a inspeção post-mortem no fluxo de abate nas linhas de inspeção: i) A (exame interno); ii) B (exame de vísceras); iii) C (exame externo) e; iv) Departamento de Inspeção Final (DIF), realizada por meio de exame visual macroscópico de carcaças e vísceras, palpação e cortes, acompanhado da retirada de contaminações aparentes nas carcaças e vísceras. O número de contaminações foi registrado em mapas de registro das destinações das aves que passaram pela inspeção final. No período avaliado, as condenações por contaminação representaram 12,37% do total de casos de condenação de vísceras e/ou carcaças, contabilizando 56.479 casos, entre condenações parciais e totais. Carcaças de frangos podem ser contaminadas com conteúdo gastrintestinal durante o processo de abate, quando o trato intestinal se rompe, é cortado ou quando as fezes são expulsas da carcaça do frango, sendo considerados como contaminantes as rações dos animais, as fezes, a bile, a parede intestinal degradada, o material de cama e as sujidades. Em se tratando de afecção resultante de falha tecnológica do processamento de abate é possível a aplicação de medidas que garantam o controle eficiente das etapas nas quais se pode controlar a ocorrência de contaminação. A realização de inspeção ante-mortem evita o abate de aves com repleção do trato gastrointestinal e possíveis contaminações durante o processamento industrial, que também podem ser evitadas com o jejum pré-abate de 6 a 8 horas até a chegada das aves no frigorífico. Os altos níveis de produção têm ocasionado a automatização nas linhas de abate e a evisceração executada mecanicamente gera maior ocorrência de contaminação e elevado número de carcaças condenadas. Boas práticas durante toda a cadeia produtiva são essenciais para a garantia de inocuidade e qualidade do produto final.
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