Bem-estar no manejo pré-abate em tambaquí (colossoma macropomum) baseado na qualidade da avaliação sensorial: uma prática aplicada aos produtores, revendedores e consumidores
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Abstract
Com o objetivo de conscientizar produtores, revendedores e consumidores sobre práticas de bem-estar animal-BEA existentes no manejo pré-abate com base na avaliação sensorial da qualidade da carne do tambaqui (Colossoma macropomum), foram aplicados 302 questionários, com perguntas e respostas, orientação técnica dialogada e fôlderes informativos, a nove produtores da APA-Maracanã, os quais foram visitados e entrevistados para a análise de métodos de criação, abate e transporte; além de 53 revendedores e 240 consumidores em três feiras na Cidade de São Luís-MA. Para (67%) dos produtores, essa atividade ajuda na complementação da renda familiar, acrescentando a ela até um salário mínimo. No que se refere ao nível de escolaridade, (67%) são alfabetizados e os demais possuem até o ensino médio incompleto. Sobre as práticas de manejo, todos afirmam possuir conhecimento próprio, mas sem assistência técnica. Quanto à prática de métodos de bem estar na despesca, todos usam a rede de arrasto, deixando os peixes expostos ao ambiente até a morte; todos acreditam que esse modo de abate não interfere na qualidade do produto e (11%) dos produtores acreditam que peixes não sentem dor. Para transportar e armazenar os peixes, (56%) não usam gelo, mantendo-os em caixas térmicas; (22%) usam gelo; e os demais, apenas sacolas plásticas. Sobre os revendedores, (47%) estão nessa atividade há mais de dez anos, enquanto (30%), em média, cinco anos, sendo essa a sua principal fonte de renda, mas todos mostram preocupação com o BEA dos peixes. (81%) acreditam que os peixes sentem dor, mas que isso não interfere na qualidade do produto. Para o armazenamento, todos usam caixa térmica com gelo. Na avaliação sensorial, a importância está voltada para a coloração das guelras e firmeza da musculatura, mas todos desconhecem as práticas do abate humanitário. (83%) dos consumidores possuem conhecimento sobre os métodos de BE e entendem que peixes sentem dor, mas para eles isso não interfere no consumo do produto. Na avaliação da qualidade do produto para o consumo, (36%) dos consumidores observam a cor das guelras; (25%) observam o brilho dos olhos; (12%), o brilho e firmeza das escamas; (22%), o conjunto desses aspectos; e os demais não observam nada. Assim, conclui-se que ainda há desconhecimento por parte dos produtores, revendedores e consumidores sobre as práticas de BE na cadeia produtiva de peixes e, ainda, que esses aspectos se fazem importante na qualidade do produto final, existindo a necessidade de mais informações, com vistas a melhorar a qualidade do produto para o consumo
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