Ação da dessecação in vitro sobre cepas do agente da linfadenite caseosa, corynebacterium pseudotuberculosis
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Abstract
O Corynebacterium pseudotuberculosis é um cocobacilo gram positivo resistente a condições abióticas extremas, que promove a contaminação de instalações, pastagens, responsável pela linfadenite caseosa presente em grande parte dos rebanhos de caprinos e ovinos do semiárido paraibano. Na ausência de água, uma condição conhecida como dessecação ou ressecamento, as bactérias interrompem o seu metabolismo, porém podem permanecer viáveis por longos períodos, mesmo diminuindo a fase exponencial de crescimento. Outros fatores podem ser responsáveis para essa diminuição, como a competição por nutrientes devido a sua redução, acúmulo de produtos de degradação assim como por mudanças de pH danosos para a célula. No caso do C. pseudotuberculosis, a composição de sua parede celular pode permitir sua viabilidade no ambiente por até 55 dias em fômites contaminados por pus, ou até oito meses em diversas faixas de temperatura e umidade. In vitro, o microorganismo cresce com 24 h de cultivo em meios como ágar sangue e BHI, enriquecidos com sangue ou soro animal. Em virtude da escassez de informações a respeito da susceptibilidade desse patógeno a diversos agentes físicos in vitro e suas características de cultivo, o presente trabalho investigou o tempo de viabilidade do C. pseudotuberculosisatravés do processo de dessecação. Dessa forma, dez amostras colhidas a campo, oriundas de abscessos de caprinos e ovinos, foram cultivadas em meio ágar BHI e posteriormente identificadas por sua morfologia colonial, coloração de gram e métodos bioquímicos. Após a identificação, foram efetuados três repiques com intervalos de sete dias em meio ágar BHI para avaliar se a bactéria resistia a condições elevadas de desidratação para manter seu metabolismo e crescimento. Assim, foram realizadas repicagens das mesmas amostras com sete, 14 e 21 dias após a primeira incubação, em estufa bacteriológica a uma temperatura de 37°C, e, com leituras a partir de 24 horas de cultivo, permitindo assim a observação de todas as fases de crescimento bacteriano. Constatou-se a formação de um número considerável de Unidades Formadoras de Colônias (UFC) mesmo após 21 dias de cultivo, demonstrando-se dessa forma a baixa vulnerabilidade do microorganismo a condições abióticas. Dessa maneira é necessário a realização novos testes com diferentes agentes abióticos in vitro e no meio ambiente para que possam ser formuladas melhores medidas de controle para esse agente.
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