Avaliação da imunidade humoral em cabritos para agalaxia contagiosa
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Abstract
Em caprinos ocorre o bloqueio total da passagem transplacentária de anticorpos devido ao tipo de placenta presente nos ruminantes, caracterizada como sindesmocorial pelo contato direto do epitélio coriônico com os tecidos uterinos, com isso a imunidade humoral tem início após o nascimento por meio da ingestão do colostro. O presente trabalho avaliou a imunidade humoral em cabritos nascidos de cabras com agalaxia contagiosa. Um rebanho de 11 cabras foi monitorado durante 12 meses. A coleta de sangue foi realizada dos neonatos no momento do nascimento e a partir de então a cada três meses em todos os animais do rebanho, para realização do teste de ELISA indireto. Os resultados obtidos demonstraram que neonatos nascem hipo ou agamaglobulêmicos, como já era esperado devido ao tipo de placenta da espécie, no entanto, quando cálculado as médias da densidade óptica das demais coletas observa-se que a imunidade humoral dos cabritos é dependente da carga imunológica de suas mães, sofrendo influência do número de crias e da capacidade de sucção do neonato. A imunidade adquirida via colostro os tornam resistentes à enfermidade, onde dos 16 cabritos nascidos apenas um desenvolveu sintomatologia da enfermidade na forma de artrite, durante 15 dias. Deste modo, em rebanhos onde a doença está presente o seu impacto econômico pode ser reduzido assegurando-se aos neonatos imunidade humoral via colostro, até que os mesmos sejam capazes de produzir uma resposta imunológica efetiva. Para isso as crias devem receber uma quantidade significativa de colostro de boa qualidade e com altas concentrações de anticorpos, nas primeiras horas de vida. Uma vez que após o parto os mesmos não são capazes de apresentar uma resposta imunológica eficaz, visto que a resposta primária apresenta um período de estabelecimento prolongado e baixas concentrações de anticorpos.
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