Imunidade humoral específica em cães de área endêmica de acordo com o estadiamento clínico da leishmaniose visceral canina
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Abstract
Introdução e Objetivos: apesar do número considerável de relatos sobre os aspectos da imunidade humoral da leishmaniose canina, com especial referência para a classe e subclasse de imunoglobulinas, nenhum deles relaciona os resultados obtidos com o estadiamento da infecção. A maioria dos estudos já realizados avaliou a produção de anticorpos apenas em duas ou três categorias clínicas (cães assintomáticos, oligossintomáticos e sintomáticos). O presente trabalho avaliou os níveis de imunoglobulinas IgA, IgE, IgG e IgM em soro de cães de área endêmica para leishmaniose visceral canina (LVC) e verificou as suas relações com o estadiamento clínico, enfatizando seu potencial como biomarcadores de progressão da infecção.
Material e Métodos: sessenta e seis cães foram agrupados, de acordo com sinais clínicos e diagnóstico, em: grupo I – controle negativo, cães oriundos de área não endêmica, com PCR negativa (n=11); grupo II – cães expostos, oriundos de área endêmica, com PCR negativa e baixos títulos de IgG específica (n=12); grupo III – cães infectados, oriundos de área endêmica, com PCR positiva e aparentemente sadios (n=13); grupo IV – cães doentes, oriundos de área endêmica, com PCR positiva e apresentando sinais externos da LVC (n=19); grupo V – cães severamente doentes, oriundos de área endêmica, com PCR positiva e apresentando pelo menos um dos sinais sugestivos de envolvimento sistêmico (n=11).
Resultados: a IgA específica foi detectada em 34,5% e IgE em 38,2% dos cães de área endêmica, especialmente em cães severamente doentes (grupo V). Por outro lado, IgG e IgM específicas foram detectadas na maioria dos cães de área endêmica, 89% e 100%, respectivamente: desde os cães expostos (grupo II) até os cães severamente doentes (grupo V). A medida em a LVC tornou-se mais severa os níveis de IgA, IgE e IgG aumentaram e os de IgM diminuíram.
Conclusão: Os resultados sugerem que IgA, IgE, IgG e IgM poderiam ser usadoa como biomarcadores de progressão da LVC.
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