Prevalência de anticorpos para Leptospira spp em diferentes espécies de animais selvagens do Estado de São Paulo
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Abstract
A leptospirose é uma zoonose de distribuição mundial, assumindo um forte significado social, econômico e cultural. A enfermidade é causada pela bactéria do gênero Leptospira e acomete, praticamente, todos os animais domésticos, selvagens e o ser humano, bem como a maioria das espécies silvestres, entre os quais se destacam os carnívoros, roedores, primatas e marsupiais, que podem tornar-se reservatórios. Objetivou-se determinar a soroprevalência da infecção em diferentes espécies de animais selvagens do estado de São Paulo, pertencentes aos municípios de São José do Rio Preto, Catanduva, Novo Horizonte, Olímpia, José Bonifácio, Promissão, Lorena, Jales e Nhandeara. Amostras de soro de 27 animais de vida livre [Alouatta caraya (5), Cebus apella (1), Pseudalopex vetulus (6), Cerdocyon thous (3), Chrysocyon brachyurus (4), Hydrochaeris hidrochaeris (4), Puma concolor (2), Leopardus pardalis (1) e Tapyrus terrestris (1)] foram pesquisadas para a presença de anticorpos para Leptospira spp. pela técnica de soroaglutinação microscópica (SAM). Foram pesquisados 24 sorovares de leptospiras patogênicas: Australis; Bratislava; Autumnalis; Butembo; Castellonis; Bataviae; Canicola; Whitcombi; Cynopteri; Grippotyphosa; Hebdomadis; Copenhageni; Icterohaemorrhagiae; Javanica; Panama; Pomona; Pyrogenes; Hardjo (Hardjoprajitno); Wolffi; Hardjo (Hardjobovis); Shermani; Tarassovi; Patoc; e Sentot, sendo reagente apenas um animal da espécie Alouatta caraya de José Bonifácio-SP e um da espécie Cebus apella de Novo Horizonte-SP, ambos para o sorovar Grippotyphosa com títulos 100 e 400, respectivamente. Assim, o monitoramento sorológico rotineiro nos animais selvagens, bem como as mudanças de hábitos no manejo sanitário, na capacitação de pessoal e na vigilância epidemiológica, são fundamentais para a prevenção da leptospirose.
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