Esporotricose canina com potencial zoonótico no estado do Rio Grande do Norte, Brasil
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Abstract
composto por várias espécies do gênero. Diferentemente dos cães, os gatos têm elevada quantidade de microrganismos teciduais, com maior capacidade zoonótica. No Nordeste do Brasil a esporotricose já foi relatada em cães, porém ainda não é conhecida a sua importância na saúde pública local O presente trabalhbo descrever a ocorrência da esporotricose em um cão e sua relevância no contágio humano, em uma cidade nordestina do País. Um canino, macho, raça Dachshund, com 11 anos de idade, apresentava lesões de pele há dois meses. O cão era autóctone de Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Não existia histórico de contato com outros animais. O paciente foi submetido ao exame físico. Optou-se pela realização de , citologia e biópsia incisional (seguida de histopatologia, com coloração histoquímica para fungos) nas alterações cutâneas. Foi prescrito itraconazol (10mg/kg, via oral, a cada 24 horas, por quatro meses), com seguimento clínico. A proprietária exibiu lesões tegumentares, sendo direcionada para atendimento especializado. O canino possuía normalidade dos parâmetros vitais. Todavia, a semiologia dermatológica evidenciou nódulos dermosubcutâneos nas regiões de plano nasal e cervical ventral. A análise citológica indicou inflamação piogranulomatosa inespecífica. Na dermatohistopatologia foi constatada a presença do Sporothrix spp., conduzindo ao diagnóstico de esporotricose. Transcorridos 10 dias do atendimento do canino, a proprietária observou uma lesão na pele do seu antebraço esquerdo. A avaliação clínicalaboratorial, por dermatologista humano, detectou um quadro de esporotricose. A tutora do cão foi submetida à terapia específica, com precauções no manejo do indivíduo de sua responsabilidade, portador da mesma enfermidade. Durante o acompanhamento do canídeo, foi constatada completa remissão após 120 dias do tratamento. A proprietária também apresentou resposta terapêutica satisfatória. Apesar dos cães infectados pelo complexo S. schenckii serem considerados com potencial zoonótico menor que os gatos , deve-se atentar para a possibilidade de transmissão da zoonose dos cães para os humanos, uma vez que a esporotricose é uma antropozoonose, que independe da espécie animal afetada.
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