Valores de PH de xampus de uso em cães
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Abstract
A pele, que é o maior órgão do corpo, possui diversas funções, sendo uma delas a de proteção. No total, a pele possui três componentes de defesa: uma barreira química, uma física e uma microbiológica. Participando dessa defesa, a acidez da pele desempenha uma função fundamental, pois possui uma natureza ácida que oferece um ambiente apropriado para a manutenção de bactérias componentes da microbiota natural e uma ação antimicrobiana para bactérias patogênicas. A alteração do potencial hidrogeniônico (pH) por agentes emulsificantes como xampus pode alterar a permeabilidade da barreira epidérmica da pele de caninos. Assim, a literatura preconiza o uso de xampus com pH neutro ou ácido, uma vez que não interferem tão intensamente na microbiota cutânea por serem os que mais se aproximam de seu pH fisiológico. O objetivo desse trabalho foi verificar os valores do pH de agentes emulsificantes, xampus, de higienização rotineira e de uso terapêutico da linha veterinária para cães. Para este fim, foi analisado o pH de 65 xampus (40 de higienização e 25 terapêuticos) em sua forma concentrada e diluída, por meio de pHmetro e de fita reativa, em iguais condições ambientais e em água destilada (pH 5,2) como solvente. Houve concordância nos valores obtidos nos dois métodos. Nos resultados, o valor médio do pH foi de 5,67 para os de rotina e 5,35 para os terapêuticos. Dentre as formulações que apresentaram o pH mais ácido estão xampus a base peróxido de benzoíla, com o pH 3,7, e o cetoconazol, com pH 4,3, sendo o primeiro muito ácido, podendo ocasionar irritação à pele. No total, 10,77% dos xampus de higiene e terapêuticos apresentaram pH entre três e quatro, o que pode provocar irritação cutânea; 69,23% apresentaram pH entre cinco e seis, considerados ligeiramente ácidos; e, por último, 20% dos xampus apresentaram pH sete, que não interfere na microbiota cutânea.
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