Utilização do geoprocessamento como ferramenta no monitoramento e controle populacional dos morcegos hematófagos nas ilhas fluviais do município de Ananindeuapará/Brasil
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Abstract
É crescente a importância do ciclo silvestre envolvendo os morcegos hematófagos na região, tem sido observada uma mudança no perfil epidemiológico da raiva humana no estado do Pará, tornando os morcegos os principais responsáveis pela doença. O presente trabalho visa fornecer subsídios possibilitando um banco de dados geográficos dos principais eventos, para gerar mapas de áreas propicias para o ataque espoliativo de morcegos hematófagos, fazendo o controle populacional dos quirópteros, cadastrando e georreferenciando abrigos e as propriedades dos moradores ribeirinhos das ilhas Sasunema, João Pilatos, Santa Rosa e Viçosa onde os animais (suínos, bovinos e Aves) são atacados. Diante dos fatos, o sistema de Vigilância em Saúde do município de Ananindeua programou as ações em 2012 usando as técnicas do geoprocessamento. Os mapas foram elaborados utilizando-se o sistema ARC. GIS 9.3, as bases cartográficas do Município de Ananindeua e o equipamento GPS MAP 60 CSX Garmin. Foram atendidas, 05 propriedades na Ilha João Pilatos, 01 na llha viçosa e 01 na Ilha Santa Rosa. Sendo capturados 35 morcegos hematófagos georreferenciados e cadastrados 06 abrigos artificiais e 03 abrigos naturais e 07 pontos de captura gerando mapa para fazer uma avaliação espacial. Certas características de uma região determinam altas populações de D.rotundus em áreas próximas aos rios, geralmente favorecem a existência de um numero maior de abrigos Lord (1988). Os abrigos artifiais georreferenciados, a maioria são: Caeiras desativadas e casas de taipa abandonadas foram encontrados morcegos em ocos de árvores denominadas siriúba (Avicennia nítida) ao longo dos rios. Investigação epidemiológica sobre o caso de raiva em Augusto Corrêa relata a existência de grande população de morcegos que habitam os manguezais e abrigam-se no oco da siriubeira Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (2005). Ao se inter-relacionar as bases de dados georreferenciados e espresa-las visualmente através do mapa digital, pode-se observar que os abrigos e as propriedades atacadas por morcegos localizam-se as proximidades dos rios, possivelmente os mesmos deslocamse através dos manguezais que margeiam as ilhas. O controle da população dos morcegos hematófagos conforme o mapa, ajuda na caracterização do transmissor, identificando as comunidades mais afetadas e definindo a situação de risco, estabelecendo uma ação estratégica especifica de vigilância a saúde.
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