Estresse de convivência com companheiros doentes: da ativação do sistema nervoso simpático ao sistema imune
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Abstract
O Sistema Nervoso Simpático (SNS) contribui para os efeitos relacionados ao estresse com a síntese de catecolaminas. Já foi demonstrado que a coabitação com parceiros da mesma espécie portadores da forma ascítica do tumor de Ehrlich (T.A.E), um estresse psicológico, provoca mudanças em parâmetros comportamentais e imunes nos animais companheiros: leucopenia, redução da atividade imune inata, aumento da atividade locomotora em campo aberto, diminuição nos níveis e aumento do turnover de noradrenalina no hipotálamo, diminuição do burst oxidativo e da atividade de neutrófilos colhidos no sangue periférico, aumento da resposta alérgica pulmonar e ausência de alterações nos níveis de corticosterona. É conhecido que os tumores produzem componentes orgânicos voláteis, que são liberados para a atmosfera pela urina, suor e respiração. Analisando-se esta vertente, foi sugerido que os odores liberados pelos camundongos injetados com o tumor seriam responsáveis pelas mudanças neuroimunes relatadas nos conespecíficos saudáveis e que os roedores teriam a sua fisiologia e homeostase modificadas por esta estimulação olfativa aversiva. Desta forma, dentro de uma perspectiva neuroimunológica, o presente trabalho avaliou o envolvimento do sistema nervoso autonômico simpático com os efeitos desencadeados pela convivência usando-se como instrumento farmacológico o propranolol.
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