Estudo comparativo da ocorrência de raiva em herbívoros e atendimentos antirrábicos humanos na região de São José do Rio Preto no período de 1999 a 2011
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Abstract
A raiva, que nos bovinos se manifesta de forma paralítica, acarreta grandes prejuízos aos pecuaristas. No homem pode caracteriza-se por uma encefalite de alta letalidade. O objetivo deste trabalho foi estudar a distribuição temporal e geográfica da raiva em herbívoros e dos atendimentos antirrábicos humanos na região de São José do Rio Preto. As fontes de dados foram Grupo de Vigilância Epidemiológica e Escritórios de Defesa Agropecuária, a tabulação foi feita utilizando Excel e o mapeamento utilizando programas TrackMaker e Google Earth. Os resultados mostraram que o número de AARHs (Atendimentos Antirrábicos Humanos) por contato com herbívoros seguem padrões mensais semelhantes ao longo dos anos, com aumento em fevereiro/abril e setembro/outubro e o mesmo padrão ocorre com nos focos em herbívoros. A notificação de raiva em herbívoros ocorreu em 1999, 2000, 2003, 2006, 2007, 2008, 2010 e 2011, próxima a cursos d’água e área antropizada. Foram encontrados 25 propriedades com focos de raiva (bovinos/equinos) totalizando 57 animais em 14 municípios. Evidenciase correlação entre aumento de casos de raiva em herbívoros seguido de aumento do número de pessoas tratadas. Estes aumentos podem coincidir com períodos de aumento de pluviosidade, cheias de rios e melhoria de pastagem. O coeficiente de incidência demonstrou uma grande variabilidade, dados que nos direcionam a novas pesquisas, assim como a falta do dimensionamento dos prejuízos econômicos e subnotificação de casos. Essa dificuldade em contabilizar os casos, somados às várias fontes de informação dificulta a obtenção de dados. Conclui-se que a raiva causa perdas econômicas e risco à saúde pública, porém não estimados. A ocorrência de raiva em herbívoros e atendimentos antirrábicos humanos coincide e apresenta aumentos nos períodos de fevereiro a março e setembro a outubro. Há relação dos casos com o mapa hidrográfico da região, direcionando a pesquisas a respeito dos fatores condicionantes. É difícil padronizar dados de diversas fontes, sugere-se a criação de banco de dados que permita compartilhar as informações entre as instituições.
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