Protocolo anestésico para correção de deformidade flexural em potro: relato de caso

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Cleiton Damião Paulin
Gustavo Henrique Julião
Caio José Xavier Abimussi

Resumo

Uma potra quarto de milha de 14 dias de idade e pesando 68kg foi encaminhada para o Hospital Veterinário das Faculdades Integradas de Ourinhos para correção de deformidade flexural bilateral (carpo valgo) pela técnica de epifisiodese por parafuso em membros torácicos. No exame pré-anestésico, os parâmetros avaliados foram: frequência cardíaca (FC) – 120bpm; frequência respiratória (f) – 80mpm; desidratação – 0%; temperatura retal – 37,5°C; e palpação de pulso – forte e regular. A medicação pré-anestésica, foi realizada com detomidina (5μg/kg), via intramuscular. Após 15 minutos foi introduzido cateter 14G pela veia jugular, a paciente foi induzida à anestesia com propofol 1% (4mg/kg), IV, seguida de intubação endotraqueal e mantida sob anestesia inalatória com isoflurano. A seguir, foi realizado o bloqueio dos nervos ulnar, mediano e cutâneo medial do antebraço bilateral aplicando-se 5mL de lidocaína 2% (com vasoconstritor) em cada ponto. A fluidoterapia foi instituída com Ringer lactato na taxa de 3mL/kg/h. No período transanestésico, os valores referentes às variáveis estudadas (mínimo e máximo) foram: FC – 55 e 85bpm; ƒ – 10 e 20mpm; temperatura retal – 36,5 e 37,6°C; pressão arterial sistólica (PAS) – 40 e 65mmHg; pressão arterial diastólica (PAD) – 20 e 30mmHg; pressão arterial média (PAM) – 25 e 45mmHg; glicemia – 130 e 145mg/dL; saturação de oxihemoglobina (SpO2) – 92 e 99; CO2 respirado final (ETCO2) – 47 e 71; e V% – 0,7 e 1,3. O período anestésico foi de 90 minutos, nesse intervalo houve hipotensão (PAM<60mmHg), não respondendo à infusão contínua de dobutamina (0,2μg/kg/min) IV. O período de recuperação anestésica foi de 60 minutos, assistido manualmente, e não houve nenhuma intercorrência durante esse período. Conclui-se que o bloqueio dos nervos ulnar, mediano e cutâneo medial do antebraço foi eficiente para realização da técnica cirúrgica instituída, dado que a vaporização do anestésico inalatório se manteve abaixo dos valores referentes a 1 concentração alveolar mínima para a espécie.

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Como Citar
PaulinC. D.; JuliãoG. H.; AbimussiC. J. X. Protocolo anestésico para correção de deformidade flexural em potro: relato de caso. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 15, n. 2, p. 46-52, 11 dez. 2017.
Seção
ANESTESIOLOGIA VETERINÁRIA