Síndrome da lise tumoral em cães
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Abstract
A Síndrome da Lise Tumoral (SLT) é emergência oncológica metabólica que determina anormalidades bioquímicas capazes de desencadear complicações como falência renal, arritmia cardíaca e morte. Este trabalho, realizado com 19 cães diagnosticados com sarcomas, carcinomas e tumores de células redondas, analisou diferentes parâmetros laboratoriais e clínicos possivelmente relacionados à ocorrência dessa síndrome, investigou um método diagnóstico precoce e comparou os resultados obtidos com os encontrados na literatura. Os cães selecionados foram encaminhados ao Hospital Veterinário Anhembi Morumbi para atendimento oncológico. Todos haviam sido diagnosticados com neoplasia maligna, sem tratamento prévio, e seus tutores concordaram com a realização do projeto. Após a determinação do estadiamento tumoral, foram coletadas três amostras de sangue venoso destinadas a hemograma completo e exames de creatinina, ureia, albumina, ALT, FA, Na, K, Ca ionizado, P, lactato, LDH e ácido úrico. As amostras foram coletadas antes do início do tratamento e ao decorrer do protocolo, de acordo com a clínica do paciente. O tempo de sobrevida máximo foi seis meses. Na primeira coleta, todos os cães apresentavam alterações eletrolíticas. Os pacientes que tinham valores de eletrólitos mais altos evoluíram a óbito de maneira rápida e caótica, comparados aos que tiveram esses valores reduzidos. Buldogues ingleses e dálmatas não apresentaram hiperuricemia. Os sinais e resultados dos exames laboratoriais revelam que a SLT pode ter ocorrido nesses pacientes. Apesar do pequeno número de animais, os resultados indicam que a SLT não é distante do cotidiano da Medicina Veterinária, e deve ser considerada em pacientes oncológicos em tratamento e diferenciada da síndrome paraneoplásica. As alterações observadas nos exames laboratoriais são de extrema importância para a confirmação do diagnóstico. A realização de diagnóstico precoce é essencial para a ampliação da sobrevida do animal. Na medicina humana, a SLT é amplamente estudada e subdividida em classificações. Entretanto, ainda há muitas lacunas a serem preenchidas sobre esse assunto na Medicina Veterinária.
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