F. M. Eccker
Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS
A. B. P. Chaffe
Prefeitura de Pelotas, Secretaria Municipal de Saúde, Centro de Controle de Zoonoses, Pelotas, RS
C. S. A. Chalá
Prefeitura de Pelotas, Secretaria Municipal de Saúde, Centro de Controle de Zoonoses, Pelotas, RS
F. R. Pinto
Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS
I. M. Madrid
Prefeitura de Pelotas, Secretaria Municipal de Saúde, Centro de Controle de Zoonoses, Pelotas, RS
Abstract
A maioria das atividades em educação ambiental são focadas basicamente em reciclagem e preservação, sendo que temas como zoonoses e animais sinantrópicos são deixados em segundo plano. Dados atualizados de 2013 da Organização das Nações Unidas demonstram que cerca de 70% das novas doenças que infectaram humanos nas últimas décadas são de origem animal, evidenciando a importância da integração das atividades relacionadas a educação em saúde humana, em saúde animal e em saúde do ecossistema. A necessidade da disseminação de conhecimento em zoonoses estimulou a implantação do projeto “ZOOando na escola” desenvolvido pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria Municipal de Saúde de Pelotas/RS em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Desporto. O projeto desenvolve atividades de educação ambiental com alunos e professores do quarto ano da rede municipal de Ensino Fundamental, com o emprego de palestras, material didático sobre o tema e teatro de fantoches. Este trabalho analisa a avaliação do conhecimento que professores e alunos tinham sobre o assunto antes de o projeto ser executado para que fosse possível a mensuração do impacto do programa após sua realização. Durante o ano de 2016, foram aplicados questionários com 20 questões de múltipla escolha para alunos e professores de nove escolas da rede municipal de Pelotas/ RS, as quais abordavam igualmente os seguintes temas: leptospirose, raiva, combate ao mosquito Aedes aegypti e conhecimentos gerais sobre interação ambiente/animal. O questionário foi respondido por 365 alunos e por 23 professores. O número médio de acertos entre os alunos foi de 12,8, totalizando cerca de 64% de acertos, sendo que o menor índice de acertos foi em relação ao tema combate ao mosquito A. aegypti. Já entre os professores, o índice de acertos foi de 83,5%, com uma média de 16,7 questões. Entre os alunos houve uma proporção equivalente com relação ao sexo (feminino/masculino) e à idade, que variou entre 8 e 14 anos (média de 9,7 anos). Dos professores 100% eram do sexo feminino com idade entre 20 e 66 anos (média de 47,3 anos). Em todas escolas avaliadas o índice de acertos sobre zoonoses e doenças transmitidas por vetores permaneceu acima de 50%, indicando a existência de um conhecimento prévio mediano sobre as formas de transmissão e prevenção das doenças. Novas avaliações serão realizadas no decorrer do projeto para a verificação do impacto das atividades educativas realizadas.