LPS pré-natal como modelo experimental de autismo: estudos comportamentais na prole masculina de ratas tratadas com Zincum metallicum

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D. Pastorello
E. Teodorov

Resumo

O sistema nervoso central (SNC) é susceptível a várias interferências genéticas e ambientais que podem resultar em danos a curto, médio e longo prazos, os últimos, muitas vezes, podem ser observados apenas na idade adulta (RIMKUS et al., 2014). As infecções pré-natais, como as causadas pela exposição pré-natal ao lipopolissacarídeo (LPS), induzem a mudanças de curta e longa duração no comportamento e na atividade do SNC, que podem ser observadas tanto em humanos quanto em animais (PENTEADO et al., 2014). Nesse cenário, medicamentos homeopáticos podem ser indicados para tratamento do autismo considerando-se etiologias como a possibilidade de, durante a gestação e a pré-concepção, ocorrerem sofrimentos psíquico e existencial materno que determinem alterações químicas e hormonais. Também podem ser indicados por conta de fatores como presença de doenças autoimunes, hipertensão, obesidade materna, infecção perinatal e uso de antibióticos (BOLOGNANI; FONSECA, 2016). Kirsten et al. (2015) demostraram que, particularmente em relação à interação social, a administração de zinco alopático conseguiu reverter parcialmente a ocorrência de desordens comportamentais em proles masculinas cujas mães receberam LPS aos 9,5 dias da gestação. O zinco é um elemento importante para os mamíferos e é necessário para vários processos fisiológicos, como proliferação e diferenciação celular, crescimento, desenvolvimento e regulação da atividade enzimática. Nesse sentido, ainda não é conhecido se o quadro autístico pode ser revertido com a administração de zinco homeopático, que é indicado para o tratamento de sintomas neurológicos e comportamentais relacionados ao estresse, como lentidão de compreensão, problemas de memória, hipersensibilidade a ruídos, e fotofobia (DEMARQUE et al., 2009; SERVADIO; VANDERSCHUREN; TREZZA, 2015). Foram utilizadas ratas Wistar com 90 e 110 dias de idade. Quando as ratas se encontravam nas fases de proestro e estro, foram colocadas com um rato (2/1) para acasalamento, sendo que a prenhez foi considerada quando da presença de espermatozoides no lavado vaginal. Foi administrado LPS (100μg/kg, Sigma-Aldrich®) S.C. na região dorsal das mães, aos 9,5 dias de gestação. Para o grupo controle, foi administrada solução salina em até 1ml/kg. Para metade dos grupos de mães tratadas com LPS, foram administradas, por via oral, cinco gotas de Zincum metallicum (potências 5cH e 30cH) ou solução hidroalcoólica a 10%, por cinco dias consecutivos. Aos 21 dias de idade, as avaliações comportamentais foram realizadas na prole masculina. A interação social foi avaliada em aparato adaptado e em duas etapas: na sessão treino, o animal foi introduzido no interior da câmara livre e permitiu-se a exploração de ambas as câmaras por cinco minutos.

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Como Citar
PastorelloD.; TeodorovE. LPS pré-natal como modelo experimental de autismo: estudos comportamentais na prole masculina de ratas tratadas com Zincum metallicum. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 16, n. 2, p. 70-71, 3 dez. 2018.
Seção
8º CONGRESSO DE HOMEOPATIA VETERINÁRIA DA AMVHB