Uso de osso esponjoso conservado em glicerina a 98% em mandibulectomia rostral de cão: Relato de caso
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Abstract
A cavidade oral representa entre 3 e 6% da localização de todos os tumores que acometem os cães e gatos. Os sinais clínicos podem variar desde um aumento de volume local, halitose, ptialismo, disfagia, perda de peso e, consequentemente, alterações odontológicas. O diagnóstico definitivo é feito pela avaliação histopatológica de uma amostra da lesão. O tratamento envolve a excisão cirúrgica, quimioterapia, radioterapia ou associações entre eles. As principais técnicas cirúrgicas utilizadas nesses casos são a mandibulectomia e maxilectomias. O uso de osso conservado em glicerina a 98% é indicado para suporte e osteoindução e pode ser utilizado em diversas ocasiões. Foi encaminhado ao Setor de Cirurgia do Hospital Veterinário “Governador Laudo Natel” da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – FCAV-Unesp, de Jaboticabal, um cão da raça poodle, com 15 anos de idade, apresentando um nódulo de superfície irregular de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro entre os incisivos inferiores, com evolução de um mês, conforme relato do proprietário. Foi realizada a mandibulectomia rostral ao segundo pré-molar e fixado, com fio de aço, um retângulo de osso esponjoso conservado em glicerina a 98% entre os ramos remanescentes da mandíbula. Esse procedimento evitou a mobilidade local, verificada na técnica original. Foi colocada uma sonda esofágica para realizar a alimentação durante o período pós-operatório. O laudo histopatológico constatou um histiocitoma atípico. Não houve complicação durante o período pós-operatório que pudesse ser atribuída ao implante. Os pontos de pele foram retirados após uma semana e a sonda esofágica após 21 dias da cirurgia. No retorno, dois meses depois, o animal foi reavaliado e não foram detectados sinais de recidiva e/ou metástase.
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